[Resenha] O coração da Esfinge

Autora: Colleen Houck
Páginas: 368
Editora: Arqueiro
Série: Deuses do Egito, 2
Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar.Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez. Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos. Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso. Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

1. O despertar do príncipe

O coração da Esfinge é o segundo volume da série Deuses do Egito, que como o nome sugere, a trama é sobre a mitologia egípcia. Eu adoro qualquer tipo de mitologia, e me interessei por essa série principalmente por não ter tido tanto contato com ela ainda. No entanto, infelizmente, a obra entrou para a maldição do segundo livro. E eu já vou explicar o motivo. Só quero lembrá-los que eu amei muito o volume anterior, O despertar do príncipe, e por isso estava muito empolgada por esta continuação. A escrita da autora me envolveu bastante e a trama tem tudo para conquistar o leitor.

Então por qual razão eu não gostei de O coração da esfinge? A leitura mostrou-se muito arrastada, e isso é um ponto que aprecio muito; a obra ser fluída ou não. Eu senti que a autora deu muitas voltas, e ok, o caminho percorrido por Lily era necessário, mas ao mesmo tempo ficou muito repetitivo e forçado. Não consegui me conquistar completamente pela situação ou personagens, diferente de como foi no livro anterior. Eu acho que a autora poderia ter encurtado o enredo, pois apesar de ser interessante cada elemento inserido na história e tudo o que Lily passa, a sensação de não sair do lugar foi maior. Parecia que eu estava há anos lendo o mesmo livro.

Depois do que aconteceu no final de O despertar do príncipe Lily precisa conviver com o fato de que Amon morreu de vez. Porém, é muito difícil lidar com essa situação, pois ela realmente gostava muito dele. Tentando fugir de seus pensamentos e lembranças - e também seus pais -, Lily resolve passar um tempo com a avó. Lily ainda sente e sonha com Amon, e quando Anúbis aparece em seu quarto e diz que ela é a única que pode salvá-lo do mundo dos mortos surge uma esperança em seu coração. Para isso ela precisará virar uma Esfinge. Porém, não é certo que ela terá sucesso nessa jornada.

A obra realmente tem uma premissa interessante, mas além da leitura arrastada, a contínua atração de Lily pelos irmãos de Amon fica cansativa, por mais que tenha motivos. Parece que o enredo se baseia apenas nisso, em paquerar os outros, pois é praticamente a todo momento que a garota tem este tipo de pensamento pelos irmãos. 

Eu realmente queria não ter desgostado tanto da leitura, pois eu estava muito empolgada por essa continuação, mas foi impossível não ser ao contrário. Apesar de ter me decepcionado eu ainda irei continuar a série. E eu espero que o próximo livro seja melhor. Eu torço para que não tenha desempolgado ninguém a ler a série ou essa continuação, mas a trama realmente não funcionou para mim dessa vez.