quinta-feira, 29 de novembro de 2018

[Resenha] O tempo desconjuntado

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Autor: Philip K. Dick
Páginas: 272
Editora: Suma
Com edição especial em capa dura e projeto gráfico arrojado, uma obra inédita de Philip K. Dick chega ao Brasil, trazendo um retrato único da construção do medo, da desconfiança e da própria realidade.
Ragle Gumm tem um trabalho bastante peculiar: ele sempre acerta a resposta para um concurso diário do jornal local. E quando ele não está consultando seus gráficos e tabelas para o trabalho, ele aproveita a vida tranquila em uma pequena cidade americana em 1959. Pelo menos, é isso que ele acha.
Mas coisas estranhas começam a acontecer. Primeiro, Ragle encontra uma lista telefônica e todos os números parecem ter sido desconectados. Depois, uma revista sobre famosos traz na capa uma mulher belíssima que ele nunca tinha visto antes, Marilyn Monroe. E para piorar, objetos do dia a dia começam a desaparecer e são substituídos por pedaços de papel com palavras escritas, como “vaso de flores” e “barraca de refrigerante”. A única alternativa que Ragle encontra para descobrir o que está acontecendo é fugir da cidade e de todos esses acontecimentos bizarros, contudo, nem a fuga nem a descoberta serão tão fáceis quanto ele imaginava.

Segundo livro do autor Philip K. Dick que eu leio; o primeiro contato foi com um livro de contos chamado Realidades Adaptadas (resenhado aqui no blog) que reúne dentre os sete contos, alguns que fizeram sucesso em suas adaptações para o cinema. Dessa vez, a leitura de uma narrativa maior e mais detalhista, deu-me a oportunidade de perceber similaridades com seus contos e a possibilidade de conhecer a capacidade do autor em sustentar suas ideias mirabolantes por mais de 200 páginas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

[Resenha] Um artista do mundo flutuante

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Autor: Kazuo Ishiguro
Páginas: 232
Editora: Companhia das Letras
Masuji Ono, protagonista e narrador deste primoroso romance do vencedor do prêmio Nobel de literatura, é um homem de seu tempo. Pintor de grande renome do Japão antes e durante a Segunda Guerra Mundial, ainda jovem Masuji desafiou o pai para seguir a vocação artística e, durante seu desenvolvimento criativo, lutou contra as amarras da arte tradicional japonesa para dar lugar a uma produção propagandística a serviço de seu país. Usando a influência de que gozava perante as autoridades do governo imperial, Ono buscava ajudar pessoas de bem em situações menos favorecidas do que a sua.
Ambientado nos anos imediatamente após a rendição, o romance descortina a vida de Masuji já aposentado, procurando entender as mudanças vividas pelo país e impressas na mentalidade da geração mais jovem, da qual fazem parte suas duas filhas. Ao procurar entender por que as negociações para o casamento da mais nova delas foram abruptamente interrompidas, o protagonista se vê levado a rememorar sua vida de artista e professor respeitado e a enfrentar a consequência dos próprios atos no destino de seus descendentes.
Retrato comovente de um momento histórico cujos desdobramentos se veem até os dias de hoje, Um artista do mundo flutuante é também um poderoso romance sobre a velhice, a culpa e a passagem do tempo.

Uma primeira leitura de um livro de algum autor consagrado - e agora laureado com o Nobel de Literatura -, sempre gera uma certa expectativa e receio de que a mesma não será como o esperado. A indicação é que se esqueça esse tipo de atitude - que mais atrapalha do que ajuda - e inicie o quanto antes. Nesse caso, a demora foi por falta de tempo e um resquício de vontade de ler algo contemporâneo. 

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

[Resenha] A coroa da vingança

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Autora: Colleen Houck
Páginas: 416
Editora: Arqueiro
Trilogia: Deuses do Egito, 3
Em A Coroa da Vingança, terceira e última aventura da série Deuses do Egito, Colleen Houck nos presenteia com um desfecho tão surpreendente e inspirador quanto o elaborado universo mitológico que criou.Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero.
Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser.
Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade.
Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.



A coroa da vingança é o terceiro livro da trilogia Deuses do Egito, da Colleen Houck. Eu tinha ficado muito empolgada com o primeiro livro, a premissa me pareceu muito promissora, no entanto, o segundo livro foi um balde de água fria. Eu fiquei um bom tempo pensando se eu iria finalizar essa trilogia ou não, e depois de alguns meses resolvi dar uma chance. Esse terceiro livro consegue ser melhor que o segundo, mas de forma geral, a série acabou se perdendo no meio do caminho. A leitura desse último livro teve seus altos e baixos, e ainda bem que foi o último, eu sinceramente acho que não aguentaria mais.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

[Resenha] A caçadora de dragões

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Autora: Kristen Ciccarelli
Páginas: 398
Editora: Seguinte
Série: Iskari, 1
Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.


A caçadora de dragões é o primeiro livro da série Iskari, da autora Kristen Ciccarelli. Essa é uma fantasia young adult, com uma ambientação medieval e um desenvolvimento muito empolgante, eu pelo menos adoro livros com dragões, e o universo criado pela autora está muito bacana de explorar. Há muitas lendas, principalmente que envolvem esses seres místicos, e de forma gradativa a narrativa vai nos apresentando um pouco sobre eles e o relacionamento com os humanos.

domingo, 18 de novembro de 2018

[Resenha] A sutil arte de ligar o f*da-se

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Autor: Mark Manson
Páginas: 224
Editora: Intrínseca
Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço.
Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva - sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. É um pecado social se deixar abater quando as coisas não vão bem. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. Não dá mais. É insuportável. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se.
Mark Manson usa toda a sua sagacidade de escritor e seu olhar crítico para propor um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. E ele faz isso da melhor maneira. Como um verdadeiro amigo, Mark se senta ao seu lado e diz, olhando nos seus olhos: você não é tão especial. Ele conta umas piadas aqui, dá uns exemplos inusitados ali, joga umas verdades na sua cara e pronto, você já se sente muito mais alerta e capaz de enfrentar esse mundo cão.
Para os céticos e os descrentes, mas também para os amantes do gênero, enfim uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto. Livre-se agora da felicidade maquiada e superficial e abrace esta arte verdadeiramente transformadora.


Esse livro foi na verdade um presente, presente esse que a princípio me deixou ofendida. O que exatamente minha mãe queria me dizer me dando um livro de autoajuda, ainda mais com esse título? Mas fiz cara de paisagem e dei uma chance para a leitura. E admito, acabei surpresa por essa autoajuda ao avesso.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

[Resenha] O guia do cavalheiro para o vício e a virtude

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Aurtora: Mackenzi Lee
Páginas: 434
Editora: Galera Record
Série: Montague Sibilings, 1
Uma aventura romântica do século XVIII para a era moderna. Simon Versus a Agenda Homo Sapiens, encontra os anos 1700.
Henry "Monty" Montague nasceu e foi criado para ser um cavalheiro, mas nunca foi domado. Os melhores internatos da Inglaterra e a constante desaprovação do pai não conseguiram conter nenhuma das suas paixões - jogos de azar, álcool e dividir a cama com mulheres e homens.
Mas agora sua busca constante por uma vida cheia de prazeres e vícios está em risco. O pai quer que ele tome conta dos negócios da família. Mas antes Monty vai partir em seu Grand Tour pela Europa, com a irmã mais nova, Felicity, e o melhor amigo, Percy - por quem ele mantém uma paixão inconsequente e impossível. Monty decide fazer desta última escapada uma festa hedonista e flertar com Percy de Paris a Roma. Mas quando uma de suas decisões imprudentes transforma a viagem em uma angustiante caçada através da Europa, isso faz com que ele questione tudo o que conhece, incluindo sua relação com o garoto que ele adora.

O guia do cavalheiro para o vício e a virtude é o primeiro livro da série Montague Siblings. Eu recebi ele na caixinha do V.I.B, e resolvi pegar para ler sem saber muito sobre o enredo. E, no final, foi uma surpresa e tanto. Para começar, é de um gênero que eu adoro: romance de época! Mas, o melhor de tudo é que é um romance de época LGBT! Eu nunca, até agora, tinha lido um livro de época com essa temática, por isso, eu achei muito maravilhoso! ♥ A autora criou uma trama que mescla libertinagem, humor, um romance apaixonante e personagens extremamente carismáticos. 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

[Resenha] Um acordo e nada mais

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Autora: Mary Balogh
Páginas: 304
Editora: Arqueiro
Série: Clube dos sobreviventes, 2
Embora Vincent, o visconde Darleigh, tenha ficado cego no campo de batalha, está farto da interferência da mãe e das irmãs em sua vida. Por isso, quando elas o pressionam a se casar e, sem consultá-lo, lhe arranjam uma candidata a noiva, ele se sente vítima de uma emboscada e foge para o campo com a ajuda de seu criado.
No entanto, logo se vê vítima de outra armadilha conjugal. Por sorte, é salvo por uma jovem desconhecida. Quando a Srta. Sophia Fry intervém em nome dele e é expulsa de casa pelos tios sem um tostão para viver, Vincent é obrigado a agir. Ele pode estar cego, mas consegue ver uma solução para os dois problemas: casamento.
Aos poucos, a amizade e o companheirismo dos dois dão lugar a uma doce sedução, e o que era apenas um acordo frio se transforma em um fogo capaz de consumi-los.
No segundo volume da série Clube dos Sobreviventes, você vai descobrir se um casamento nascido do desespero pode levar duas pessoas a encontrarem o amor de sua vida.
Um acordo e nada mais é o segundo volume da série Clube dos sobreviventes, e eu estou amando demais esses livros! Eu gosto bastante da escrita da autora, o enredo e personagens são sempre bastante maduros. E, Balogh me ganhou ainda mais ao trazer um personagem cego para o enredo. É extremamente difícil pegar um romance de época em que o personagem tenha alguma deficiência mais séria, e não apenas um "mancar". Pelo menos essa é a primeira vez que encontro isso em um livro do gênero. 

sábado, 10 de novembro de 2018

[Resenha] Irmãos de sangue

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Autora: Nora Roberts
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Série: A sina dos sete, 1
A misteriosa Pedra Pagã sempre foi um local proibido na floresta Hawkins. Por isso mesmo, é o lugar ideal para três garotos de 10 anos acamparem escondidos e firmarem um pacto de irmandade. O que Caleb, Fox e Gage não imaginavam é que ganhariam poderes sobrenaturais e libertariam uma força demoníaca.
Desde então, a cada sete anos, a partir do sétimo dia do sétimo mês, acontecimentos estranhos ocorrem em Hawkins Hollow. No período de uma semana, famílias são destruídas e amigos se voltam uns contra os outros em meio a um inferno na Terra.
Vinte e um anos depois do pacto, a repórter Quinn Black chega à cidade para pesquisar sobre o estranho fenômeno e, com sua aguçada sensibilidade, logo sente o mal que vive ali. À medida que o tempo passa,
Caleb e ela veem seus destinos se unirem por um desejo incontrolável enquanto percebem a agitação das trevas crescer com o potencial de destruir a cidade.
Em Irmãos de Sangue, Nora Roberts mostra uma nova faceta como escritora, dando início a uma trilogia arrebatadora em que o amor é a força necessária para vencer os sombrios obstáculos de um lugar dominado pelo mal.


Irmãos de sangue é o primeiro livro da série A sina dos sete, da Nora Roberts. Eu já tive contato com outras histórias sobrenaturais da autora e sou apaixonada por sua escrita. E, outro ponto que me faz gostar muito dos livros desse gênero dela é que já no primeiro livro sabemos o contexto geral: como tudo começou, quem são os personagens, o vilão e tudo mais. A história não é nem um pouco introdutória, a autora já chega com tudo nesse primeiro volume, e logo sabemos que uma maldição é o começo de tudo para os personagens desse enredo. No entanto, não imagine que já saber de tudo isso acaba com a magia da leitura, porque é bem pelo contrário. Há todo um mundo a explorar, com muitos perigos, sustos e obstáculos. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

[Resenha] A química que há entre nós

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Autora: Krystal Sutherland
Páginas: 272
Editora: Globo alt
Grace Town é esquisita. E não é apenas por suas roupas masculinas, seu desleixo e a bengala que usa para andar. Ela também age de modo estranho: não quer se enturmar com ninguém e faz perguntas nada comuns.
Mas, por algum motivo inexplicável, Henry Page gosta muito dela. E cada vez mais ele quer estar por perto e viver esse sentimento que não sabe definir. Só que quanto mais próximos eles ficam, mais os segredos de Grace parecem obscuros.
Mesmo que pareça um romance fadado ao fracasso, Henry insiste em mergulhar nesse universo misterioso, do qual nunca poderia sair o mesmo. Com o tempo, fica claro para ele que o amor é uma grande confusão, mas uma confusão que ele quer desesperadamente viver.



Eu li A química que há entre nós, da Krystal Sutherland, na maratona 24h que teve no feriado de outubro. Eu queria ler esse livro desde que lançou, e uns meses atrás eu consegui ele em uma promoção das Americanas, então quando eu fui montar minha TBR para a maratona não pensei duas vezes em adicioná-lo na pilha de leitura. Essa obra é um daqueles young adult que consegue envolver o leitor, mesmo não sendo exatamente alegre o tempo todo. Eu gostei bastante da leitura, eu confesso que não estava dando muito por esse livro, mas ele me surpreendeu profundamente.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Pilha de leitura #66

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Boa noite, leitores! Vamos para mais uma pilha de leitura, a penúltima do ano! Eu li nove livros em outubro, e gostei de todas as leituras, consegui diversificar bastante os gêneros. E, claro, não podia faltar romance de época na lista. ♥ Vamos conferir o que eu andei lendo?

domingo, 4 de novembro de 2018

Caixinha de correio #135

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Boa tarde, leitores! Hoje é dia de mostrar tudo o que eu recebi/comprei no mês de outubro. A caixinha está recheada e eu só estou 'vem férias!' para poder ler tudo. Vamos conferir o que eu recebi?

sábado, 3 de novembro de 2018

[Resenha] Will & Will

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Autores: John Green e David Levithan
Páginas: 352
Editora: Galera Record
Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra... Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.








Will & Will, da Galera Record, é um livro escrito por dois autores: John Green e David Levithan. Eu conheço a escrita de ambos, e gostei de todos os livros que eu já li dos dois até o momento, no entanto, essa obra não é considerada, por mim, a melhor deles. Sim, foi uma leitura divertida, descontraída e rápida. Porém, alguns assuntos não foram tão aprofundados e alguns personagens não me envolveram completamente. E. para começar, fui totalmente enganada com esse título, eu realmente esperava que os dois Will's fossem ter algum relacionamento, e eu acho que se fosse isso mesmo ia ser até mais interessante.