domingo, 18 de novembro de 2018

[Resenha] A sutil arte de ligar o f*da-se

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Autor: Mark Manson
Páginas: 224
Editora: Intrínseca
Chega de tentar buscar um sucesso que só existe na sua cabeça. Chega de se torturar para pensar positivo enquanto sua vida vai ladeira abaixo. Chega de se sentir inferior por não ver o lado bom de estar no fundo do poço.
Coaching, autoajuda, desenvolvimento pessoal, mentalização positiva - sem querer desprezar o valor de nada disso, a grande verdade é que às vezes nos sentimos quase sufocados diante da pressão infinita por parecermos otimistas o tempo todo. É um pecado social se deixar abater quando as coisas não vão bem. Ninguém pode fracassar simplesmente, sem aprender nada com isso. Não dá mais. É insuportável. E é aí que entra a revolucionária e sutil arte de ligar o foda-se.
Mark Manson usa toda a sua sagacidade de escritor e seu olhar crítico para propor um novo caminho rumo a uma vida melhor, mais coerente com a realidade e consciente dos nossos limites. E ele faz isso da melhor maneira. Como um verdadeiro amigo, Mark se senta ao seu lado e diz, olhando nos seus olhos: você não é tão especial. Ele conta umas piadas aqui, dá uns exemplos inusitados ali, joga umas verdades na sua cara e pronto, você já se sente muito mais alerta e capaz de enfrentar esse mundo cão.
Para os céticos e os descrentes, mas também para os amantes do gênero, enfim uma abordagem franca e inteligente que vai ajudar você a descobrir o que é realmente importante na sua vida, e f*da-se o resto. Livre-se agora da felicidade maquiada e superficial e abrace esta arte verdadeiramente transformadora.


Esse livro foi na verdade um presente, presente esse que a princípio me deixou ofendida. O que exatamente minha mãe queria me dizer me dando um livro de autoajuda, ainda mais com esse título? Mas fiz cara de paisagem e dei uma chance para a leitura. E admito, acabei surpresa por essa autoajuda ao avesso.

Sim, a proposta do livro é essa mesma do título. A vida é uma sucessão de falhas e fracassos e todos os outros livros que nos dizem que temos que ver o lado positivo de tudo e ser felizes o tempo todo talvez estejam errados. Então a felicidade deve estar na aceitação disso e nas pequenas superações das derrotas inevitáveis dessa vida complicada que levamos.

Aprimorar-se em uma tarefa é um processo que passa por milhares de pequenos fracassos, e a magnitude do seu êxito nisso vai se basear em quantas vezes você não conseguiu fazer determinada coisa. Se alguém é melhor do que você em algo, é provável que tenha cometido mais erros.

A leitura acaba se tornando bem libertadora, afinal de contas quase ninguém é realmente especial, a maioria de nós está mais na faixa do normal mesmo e tudo bem. O importante na verdade é assumir a responsabilidade por nossos erros, aprender e evoluir, isso é o que faz parte da vida cotidiana.

Crescimento pessoal é um processo infinitamente repetitivo. Quando aprendemos algo novo, não passamos de “errados” a “certos” - passamos de “errados” a “um pouco menos errados”.

Então simplesmente fica aqui a recomendação de uma pessoa que já leu pelo menos uns vinte livros desse gênero. Não, não sou viciada ou muito problemática – pelo menos eu acho. Admito que alguns foram escolhas minhas, mas sempre que alguém me empresta um livro que eu não compraria, eu vejo isso mais como um sinal de que talvez exista uma razão e nesse caso em específico, a razão existia e me permitiu uma leveza para perceber algumas coisas de forma mais relaxada em minha própria vida. Obrigada pelo presente, mãe.

Um comentário:

  1. eu li esse livro no começo do ano e gostei demais! tem passagens mt boas que nos fazem refletir sobre como levamos nossa vida

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