[Resenha] Desaparecido para sempre

Autor: Harlan Coben
Páginas: 320
Editora: Arqueiro
No leito de morte, a mãe de Will Klein lhe faz uma revelação: seu irmão mais velho, Ken, desaparecido há 11 anos e acusado do assassinato de sua vizinha Julie Miller, está vivo. Embora a polícia o considere um fugitivo, a família sempre acreditou em sua inocência. Ainda aturdido por essa descoberta e tentando entender o que realmente aconteceu com seu irmão, Will se depara com outro mistério: Sheila, seu grande amor, some de repente. O FBI suspeita que ela esteja envolvida no assassinato de dois homens. Apesar de estarem juntos há quase um ano, Sheila nunca revelou muito sobre o seu passado. Enquanto isso, Philip McGuane e John Asselta, dois criminosos que eram amigos de infância de Ken, passam inexplicavelmente a rondar a vida de Will. Para descobrir a verdade por trás desses acontecimentos, ele conta apenas com a ajuda de Squares – seu colega de trabalho em uma fundação de assistência a jovens carentes e proprietário de uma escola de ioga famosa entre as celebridades, o que lhe garante acesso a todo tipo de pessoas e de informações. Mestre do thriller de ação, Harlan Coben se supera nesta eletrizante história cheia de incríveis reviravoltas. Um suspense que mostra a busca pelo assassino, pela vítima e, acima de tudo, pela verdade.

Agora posso confirmar, depois de ter lido quatro livros do autor, e ter gostado muito de três, que Harlan Coben é o tipo de autor que está na minha lista especial, a lista que faço para quando não tenho vontade de ler, mas se eu for ler algo dos autores da minha lista, minha vontade de ler volta com tudo e me faz gostar de viajar nas páginas de novo.

Desaparecido para sempre é o livro mais antigo dele que li. Esse foi lançado pela primeira vez em 2002 nos Estados Unidos, e se eu for comparar com os outros dois que gostei, percebe-se levemente alguns detalhes na forma de desvendar os mistérios, que nos livros atuais, ele simplesmente arrasa muito mais na execução. Mas isso não quer dizer que nesse seja ruim, longe disso, pois gosto muito mesmo da agilidade, dos mistérios, da mistura de medo e coragem que o autor mostra nos personagens, quando a polícia nem sempre ajuda, e quem sempre acaba resolvendo seus problemas sozinhos são os protagonistas. 

Se você busca ação, reviravoltas, dramas na dose certa, segredos, mistérios bem distribuídos, além de uma escrita super prazerosa de se ler, Harlan Coben sempre é uma aposta certa. Não li tantos livros de thriller, mas todos sabemos do que gostamos, e quando um autor consegue conquistar a gente, não tem jeito, sempre vamos querer ler algo dele, certo?

Will é um rapaz que tem um irmão acusado de ter cometido um assassinato e é um fugitivo da polícia; e ser conhecido como o irmão de um assassino não é uma coisa que se apresente por aí, por isso ele trabalha em uma organização que ajuda crianças e jovens que moram nas ruas, tentando resgatar essas almas antes que eles se transformem e não possam recomeçar. Mas pra Will seu irmão está morto, assim como toda sua família gosta de pensar, até que após perder sua mãe, algo que nunca se confirmou vem à tona, e já se passaram 11 anos depois do crime brutal, mas é como se depois do fatídico dia, a luz nunca mais fizesse parte da vida dele.

Quando ele achava que tudo estava relativamente bem, sua mãe morre, sua namorada some, e tudo que ele nunca imaginou que poderia voltar, vem assombrá-lo fazendo seu jeito muito covarde que sempre se apoiou no irmão mais velho, se mostrar nada prático, quando tudo que ele precisa é buscar a verdade sobre tantos mistérios acumulados por 11 anos.

Will tem um melhor amigo muito peculiar, que faz a história ter um tom de camaradagem muito bacana de se ler, assim como o amor que ele construiu com uma moça, que ele só havia sentido muitos anos atrás.

É um livro com uma receita certa para quem busca ação e virar de páginas. Não tenho muito mais do que dizer, pois assim como eu não procurei saber quase nada sobre o enredo, não quero relevar nada e estragar os momentos que vocês podem ser surpreendidos - principalmente no final - quando todas as cartas são postas à mesa.