segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

[Resenha] O primeiro dia do resto da nossa vida

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Autora: Kate Eberlen
Páginas: 432
Editora: Arqueiro
Tess e Gus foram feitos um para o outro. Só que eles não se encontraram ainda. E pode ser que nunca se encontrem...
Tess sonha em ir para a universidade. Gus mal pode esperar para fugir do controle da família e descobrir sozinho o que realmente quer ser. Por um dia, nas férias, os caminhos desses dois jovens de 18 anos se cruzam antes que os dois retornem para casa e vejam que a vida nem sempre acontece como o planejado.
Ao longo dos dezesseis anos seguintes, traçando rumos diferentes, cada um vai descobrir os prazeres da juventude, enfrentar problemas familiares e encarar as dificuldades da vida adulta. Separados pela distância e pelo destino, tudo indica que é impossível que um dia eles se conheçam de verdade... ou será que não?
O primeiro dia do resto da nossa vida narra duas trajetórias que se entrelaçam sem de fato se tocarem, fazendo o leitor se divertir, se emocionar e torcer o tempo todo por um encontro que pode nunca acontecer.

O que me levou a querer conhecer O primeiro dia do resto da nossa vida foi a relação que fizeram de "se você gosta de David Nicholls e Jojo Moyes, irá gostar desse livro"; além da Sophie Kinsella, outra autora que gosto muito, também recomendar. Então por qual outra razão eu não daria chance para esse livro?

Ler obras que se passam no Reino Unido, sempre são um motivo para eu me aventurar na leitura. Os autores citados anteriormente, com suas histórias que amei tanto, se passam no Reino Unido, e tanto Um Dia, quanto Como eu era antes de você, se tornaram histórias favoritas e muito especiais, e nada mais natural esperar encontrar todos os ingredientes que fazem parte desse tipo de enredo no livro da Kate Eberlen.

Todos os acontecimentos, desencontros, dificuldades, imprevistos e sonhos, transformaram esse livro em algo muito bonito de se ler. A Tess e o Gus, mesmo à primeira vista serem muito parecidos aos 18 anos de idade, quando ainda estão planejando a vida e sonhando com todas as coisas que querem realizar; com o passar do tempo, suas personalidades vão sendo moldadas diferentemente conforme as situações da vida transformam suas visões do mundo.

Confesso que a narrativa da Tess foi a que mais me cativou. Ela com seus sonhos, teve que abrir mão de muitas coisas bem cedo pra ser uma pessoa com responsabilidades que iam um pouco além do que ela estava preparada pra ser. E se doar, é realmente não esperar nada em troca, nem mesmo reconhecimento, e perceber isso pode ser difícil, mas foi o que mais aconteceu com a personagem.

Já o Gus, mesmo entendendo seu lado, ele se transforma e acaba seguindo caminhos que não são bons pra ele, mas que fazem sentido, pois tudo o que ele passou o atormenta e o acompanha em todos os caminhos de sua vida.

A Tess também não tomou as melhores decisões na vida, mas ainda assim eu conseguia sentir com ela todas suas dúvidas, questões, dores e torcer para que uma brisa fresca aparecesse e transformasse seu mundo pelo menos um pouquinho.

Tess e Gus, mesmo com as transformações de seus mundos, e com seus sonhos indo por água abaixo, ainda persistiam em acreditar e gostar de arte e da Itália, algo em comum que poderia conectá-los, mas que ao longo da vida deles, apenas deixava amostras do que poderia acontecer.

Isso foi angustiante de acompanhar, pois a vida de cada um foi sofrida, e os capítulos alternados (com vozes bem distintas, ponto para a autora) mostrava suas vidas seguindo e beirando a quase o mesmo caminho, e eles apenas se esbarraram ao longo da vida e não se reconheceram, pois ainda não era o momento certo para tudo acontecer.

O livro foi dividido em cinco partes, entre os anos 1997 e 2013, e retratou todos os acertos, erros, desejos e imperfeições dos personagens, algo muito válido de se ler, pois a realidade assusta, mas não tem como fugir dela. Só não virou mais um livro favorito, mas foi interessante acompanhar os passos de Tess e Gus durante uma vida repleta de imprevistos, como toda vida é.

7 comentários:

  1. Oi Dandra
    Eu tô com esse livro mas ainda n consegui lê-lo
    Será um dos primeiros de 2017!

    Adorei sua resenha!


    Bjooooos
    muitospedacinhosdemim.blogspot.com.br

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  2. Oieee!

    Nossa, que bacana essa forma de dividir o livro, realmente lembra muito a forma como o Um dia do David Nicholls é dividido. Gostei da premissa, a capa é bonitinha mas a primeira vista nao tinha me chamado a atenção, só me interessei mesmo depois de ler tua resenha. E ja que a Sophie Kinsella recomendou, então aí sim haha sou muito fã dela e acredito na indicação. Vou ver se pego pra ler ano que vem, esse ano nao da pra furar mais a fila! bjs

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  3. OOI!
    Tenho muita vontade de ler esse livro, inclusive adicionei ao skoob com meta dessa ano mas acho que não vai dar tempo pois comecei uns grandinhos essa semana. Acho a premissa ótima, e tenho muita curiosidade de conhecer a escrita da Kate. Em 2017 vai!

    Beijoos!

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  4. Oiee Dandra ^^
    Eu ainda não li esse livro, mas quero muito fazê-lo, pois vi que bastante gente gostou e está elogiando. E, além disso, eu adoro a Jojo Moyes...haha' e o título é incrível *-*
    Fico feliz em saber que a autora conseguiu te cativar com a escrita, e saber que o livro quaaase virou um favorito seu me deixou ainda mais animada.
    MilkMilks ♥

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  5. Oiii!!

    Eu gosto quando um livro tem indicações de autores que acompanho. Esse livro não tinha me atraido muito não, mas depois da sua resenha fiquei mais animada para ler. Gostei!!

    Beijinhos

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  6. Ai, senhor... Falou em David Nicholls e Um Dia, já me conquistou, sem contar que essa história me lembrou bastante a de Dexter e Emma, meu romance favorito de todos os tempos. Ou seja, leria? SUPER! E olha que eu tenho fugido de romances, viu? Mas fiquei muito curiosa com esse <3


    ourbravenewblog.weebly.com

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  7. Oi, Dandra!
    Tive certa curiosidade logo que esse livro foi divulgado pela editora. A capa, linda, já chama a atenção, e a premissa, apesar de aparentemente clichê e me lembrar um pouco de "Uma vez na Vida" (um livro que não curti muito e que tem bastante disso de desencontros e escolhas diferentes feitas pelos protagonistas ao longo de vários anos), continua interessante por iniciar justamente quando ambos são ainda jovens, aos dezoito anos, pelo o que você falou. Deve ser tenso mesmo acompanhá-los em momentos tão difíceis, e realmente parece ser uma leitura muito envolvente e talvez até emocionante. Espero ter a oportunidade de fazê-la no próximo ano. Parabéns pela resenha!
    Beijos!

    ♥ Sâmmy ♥
    ♥ SammySacional.blogspot.com.br/ ♥

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