[Resenha] O diário de Bridget Jones

Autora: Helen Fielding
Páginas: 288
Editora: Paralela
Série: Bridget Jones, 1
Bridget Jones já é uma personagem querida por milhões de leitores. Seja pelas desventuras amorosas ou pelos problemas com os pais, é muito fácil se identificar (e se encantar) com a protagonista criada por Helen Fielding. Nesta nova edição comemorativa dos vintes anos de lançamento do primeiro livro os fãs antigos terão a chance de reencontra-lá, e os novos leitores descobrirão uma paixão por este clássico!

A Paralela relançou O diário de Bridget Jones em uma nova edição comemorativa, e agora que eu finalizei a leitura posso confessar: eu nunca havia lido a série ou assistido aos filmes, pronto falei! Então, não é que eu nunca tive vontade de fazer uma dessas coisas, mas realmente não surgiu a oportunidade. Aproveitando o lançamento, resolvi conhecer essa personagem que todos falam tanto. Sim, porque também não moro numa caverna, eu sabia um pouco sobre a trama e tal, e realmente já era uma leitura que eu queria fazer. O que eu posso dizer? É uma leitura extremamente divertida, mas senti raiva da personagem em vários momentos. Para começar: quem disse que 58 quilos é ser tão gorda assim? E porque ela fica se lamuriando tanto em um diário ao invés de fazer as coisas acontecerem?

Ok, ela bem que tenta, mas Bridget é bem desastrada de vez em quando, e um pouco sem noção. Em alguns momentos até senti pena dela por ter toda aquela pressão de ter mais de trinta anos e ser solteira. "E os namoradinhos como vão?", tipo isso. Mas, a maior parte do tempo queria entrar no livro e dar umas sacudidas nela. Nunca vi uma personagem com autoestima tão baixa, cruzes. O que compensa é que ela é divertida (sem noção, lembram?), então dei boas risadas com a narrativa.

A narrativa é em forma de diário, então foi muito bom conhecer Bridget tão profundamente, talvez até um pouco entediante, pois ela é extremamente preocupada com calorias, quilos, quantos cigarros fumar, quanto de alcool ingerir e etc. Eu queria que ela parasse de pensar e se preocupar tanto e simplesmente vivesse sua vida.

E quando ela tenta, bem, não começa muito bem. Ela está afim do seu chefe. Quem disse que isso funcionaria? Ainda mais quando o chefe em questão é muito charmoso e galinha. Bridget tenta se fazer de difícil, mas quando ele percebe que ela está se distanciando vai lá e larga alguma gracinha, o que a desarma completamente e faz ser um ciclo sem fim esse relacionamento dos dois.

Eu não sei o motivo, mas não consegui me apegar aos personagens masculinos. O tal chefe parece ser charmoso apenas na cabeça dela, pois eu não achei ele tão maravilhoso assim. E o filho dos amigos de seus pais não apareceu tanto para que eu pudesse me aproximar mais dele, então foi bem difícil torcer por um ou outro. 

É estranho ver a autora falar de um jeito ruim sobre a idade da personagem. Ok, não exatamente ela, mas tudo o que é retratado me fez achar um absurdo algumas situações. Não tem nada demais ter trinta anos, e eu entendo que em parte é por a personagem não estar feliz profissionalmente, estar solteira e sem filhos, mas achei a pressão meio exagerada. Ou será que eu que vivo num mundo de fadas e não percebo este tipo de coisa?

Enfim, eu achei a personagem um pouco fútil, mas ela é uma pessoa boa e divertida, então ficamos no meio termo entre amá-la e odiá-la. O diário de Bridget Jones é uma leitura leve e rápida, apesar de ter alguns pontos negativos, eu quero continuar a ler a série. E claro, ainda quero assistir aos filmes, que dizem ser bem engraçados também, talvez até mais, vamos ver!