[Resenha] Asylum

Autora: Madeleine Roux
Páginas: 336
Editora: Vergara & Riba
Série: Asylum
Para Dan Crawford, 16 anos, o New Hampshire College Prep é mais do que um programa de verão – é uma tábua de salvação. Um pária em sua escola, Dan está animado para finalmente fazer alguns amigos em seu último verão antes da faculdade. Mas, quando ele chega no programa, Dan descobre que seu dormitório para o verão costumava ser um sanatório, mais comumente conhecido como um asilo. E não apenas qualquer asilo — um último recurso para criminosos insanos.

Asylum estava na minha lista de desejados desde que lançou, nunca li nada parecido com o tema, e por isso a curiosidade foi grande. Meu noivo leu a história tão rápido que eu até estranhei. Ele disse ter adorado o início do livro, mas que o final foi decepcionante. Como eu sei que ele é bem chato para as leituras, a curiosidade foi ainda maior de iniciar o livro, porque tinha certeza que o que ele não gostou, eu ia gostar. E foi realmente assim, curti o final... Porém, não achei o início da narrativa tão empolgante assim. É claro que tudo que a autora traz é interessante, mas se você adorou o seriado American Horror Story:Asylum, que tem o enredo parecido, não pegue esse livro achando que vai ser igual, porque não é! A trama traz personagens jovens, então a narrativa não é tão adulta por conta disto, e as partes do sanatório e torturas não são tão bem exploradas. Não entendam errado, eu gostei da obra, da proposta, da narrativa... Só que olhando essa capa e as fotos reais dentro dele, esperava um pouco mais. Senti medo em alguns momentos, mas faltou desenvolver melhor o lado obscuro de Brookline.

Dan Crawford tem 16 anos, e para se preparar para a faculdade começa um programa de cinco semanas na New Hampshire College, junto com outros alunos de diferentes lugares. Porém, o dormitório onde eles ficariam está em reformas, e assim, eles são alojados no antigo sanatório, o Brookline. O prédio foi abandonado quando descobriram que o antigo diretor praticava torturas e experimentos para recuperar pessoas "doentes", em sua maioria, assassinos. É apavorante dormir em um lugar que serviu de palco para monstruosidades, mas Dan acaba ficando amigo de Abby e Jordan, e os três resolvem explorar lugares proibidos, onde acham fotos assustadoras. A partir daí, coisas esquisitas acontecem, Dan tem pesadelos, e seus lapsos de memória estão cada vez piores. Aquele lugar é de dar arrepios! Tentar descobrir mais sobre a história de Brookline afeta profundamente cada um deles. Vários segredos vão sendo revelados, e o suspense é grande.

Dan foi caminhando pelo corredor e desceu a escada com passadas apressadas. A estranha sensação de estar sendo observado era ainda pior fora do quarto. As janelas estreitas deixavam entrar apenas fiapos de luz. Era impossível circular por ali sem sentir todos os cabelos da nuca se arrepiar. Talvez o problema fosse saber que aquelas fotografias estavam lá embaixo, naquela sala dos horrores.

Realmente gostei da trama, mas queria poder ter sentido muito mais medo. O suspense empolga o leitor por respostas, tanto que a leitura flui rapidamente, mas acho que a autora focou demais em um romance entre adolescentes, do que a incrível história de um sanatório cheio de maldades e crimes. O final, ao contrário do meu noivo, como eu disse, eu gostei. Era algo que eu não esperava. Estou muito curiosa para saber o que acontece a seguir, acho que por ser uma série, quem sabe nos próximos a Madeleine não torne as coisas mais sombrias e assustadoras. Asylum é uma ótima pedida para quem não curte tanto assim terror, pois comparando com outras obras, é algo bem leve. E a edição brasileira está linda, cheia de fotos reais de sanatórios.

 

Asylum é o livro de estreia da autora, e vendo por esse lado, ela se saiu muito bem. O personagem que ela criou, Dan, é alguém misterioso, que não se abre com qualquer um, e parece esconder algo. Adorei também algumas descobertas sobre antigos pacientes do sanatório. Acho que a história daria um ótimo filme. O livro tem um toque sobrenatural, mas ao mesmo tempo deixa o leitor pensando que se você pensa tanto na loucura, não acaba ficando um pouco louco também. Leitura recomendada.