[Resenha] Insurgente

Autora: Veronica Roth
Páginas: 512
Editora: Rocco
Série: Divergente, 2
Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.

1. Divergente

Podem ler, quando tiver spoilers eu aviso! ;)

Insurgente é o segundo livro da trilogia Divergente, quando eu terminei o primeiro fiquei muito ansiosa para ler a continuação, mas é claro que eu não tinha! :( Graças ao meu noivo lindo,♥, ganhei os dois últimos de Natal e pude, enfim, conferir o que aconteceu após aquele desfecho enlouquecedor! A parte boa ao iniciar a leitura foi que a história começa exatamente de onde terminou o anterior, então não precisamos tentar lembrar muito. Ultimamente, por mais que o livro seja ótimo, o sono sempre me ganha e acabo tendo que parar a leitura para dormir, com Insurgente não foi assim, fiquei acordada mais do que aguentava porque simplesmente não conseguia largar o livro. Me senti Divergente, rsrs... Piadas infames à parte, vocês podem imaginar o quanto a obra é ótima! Eu adoro distopias, sempre gosto das que leio, sem exceção, mas essa tem algo especial. <3

Pode conter spoilers.

Não vou falar muito sobre o que aconteceu no livro anterior, mas preciso dizer que esse está com muito mais ação. Tris mudou bastante. De menina da Abnegação que caiu em um mundo novo, que foi entrar em outra facção, se transformou em alguém cheia de coragem e impulsos. E foi o que menos gostei nela. A achei chata em alguns momentos e mimizenta. Não gostei dessa Tris cheia de independência, sem se importar com os outros caso acontecesse algo com ela. Sei que por um lado, tudo o que ela fez foi pensando nessas pessoas, mas ao mesmo tempo, suas ações atrapalharam de vez em quando. O relacionamento de Tris e Tobias é algo bem conturbado nesse livro, e acho bem justo, já que eles estão em meio a uma guerra entre facções.

A trama foca bastante na parte política, mostrando que nem mesmo facções são capazes de tirar algo do ser humano: a vontade de saber a verdade, o desejo de poder e optar pelo lado mais forte, dependendo do ponto de vista. Gostei de saber mais sobre os sem facção, Tris não confia neles, e até certo momento, eu não sei o que pensar já que eles parecem ser a única saída contra a Erudição.  Essa guerra entre as facções nos faz perceber que nem mesmo eles conseguem manter ordem e sempre estar em acordo. Um grande segredo precisa ser revelado, e é isso que os divide. Uns acham melhor contar, outros acham que só ia piorar as coisas.

Minha boca fica seca. Sem facções? Um mundo onde ninguém sabe quem é ou onde pertence? Não consigo nem imaginar isso. Só consigo imaginar o caos e o isolamento que isso provocaria.

Refleti bastante também sobre Tris ser Divergente e apta para três facções: Abnegação, Erudição e Audácia. Em alguns momentos ela é tão da Abnegação, em outros parece que nunca foi de lá, e fico pensando que talvez não exista isso de mudar de facção e virar uma outra pessoa, talvez ela sempre foi aquilo, apenas não teve liberdade de agir assim em um lugar onde controlavam tudo.

Podem voltar a ler! :3

O final me chocou, mas ao mesmo tempo, conforme fui lendo algumas conversas dos líderes, fui desconfiando de tudo que foi contado depois, mas nem por isso deixei de me surpreender. Achei o máximo o que a autora criou, a cada página me apaixonava mais por essa série. Muitas mortes, segredos, traições, é uma loucura do início ao fim. Os coitados não tinham tempo nem de descansar, e já tinha algo acontecendo, o que é até bom, porque a leitura não foi nem um pouco cansativa ou chata. O leitor fica ávido por saber como tudo vai se desenrolar. Estou louca para ler o final, mesmo tendo pego um baita spoiler dele -_-, mas vou fazer outras leituras entre a trilogia para não acabar tão rápido. :(

Ela pode ser da Audácia agora, mas, se há uma coisa que aprendi com tudo isso, é que nunca deixamos nossas antigas facções para trás.

Leitura muito fluída e frenética. Com um enredo cheio de adrenalina é impossível até mesmo quem não goste de distopia não curtir a história. Fiquei horas pensando no porque da origem das facções, e olha, a autora está de parabéns. Ela conseguiu criar algo dinâmico e muito bem estruturado. Os personagens não são daquele tipo que você fica morrendo de amores, você apenas admira e torce para que não morra, rsrs. Ok, tirando o Quatro talvez, que é muito fofo com aquele jeito 'tô nem aí' dele, mas ao mesmo tempo protetor.

A narrativa é feita em primeira pessoa por Tris, o que eu não gostei tanto, queria que tivesse o ponto de vista de outros personagens, não foi divertido ficar presa apenas em suas emoções e momentos quando tinha tanta coisa acontecendo! E eu adorei que a edição da Rocco é em páginas amareladas, fica tão melhor de ler! < 3 Distopia recomendada. Aproveitei esse mês para ler o livro e conseguir conferir a adaptação que teve estreia ontem nos cinemas. Espero gostar! Alguém aí já foi conferir o filme? ;)