quarta-feira, 30 de novembro de 2016

[Resenha] Na ilha

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Autora: Tracey Garvis Graves
Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Anna Emerson é uma professora de inglês de 30 anos desesperada por aventura. Cansada do inverno rigoroso de Chicago e de seu relacionamento que não evolui, ela agarra a oportunidade de passar o verão em uma ilha tropical dando aulas particulares para um adolescente. T.J. Callahan não quer ir a lugar algum. Aos 16 anos e com um câncer em remissão, tudo o que ele quer é uma vida normal de novo. Mas seus pais insistem em que ele passe o verão nas Maldivas colocando em dia as aulas que perdeu na escola. Anna e T.J. embarcam rumo à casa de veraneio dos Callahan e, enquanto sobrevoam as 1.200 ilhas das Maldivas, o impensável acontece. O avião cai nas águas infestadas de tubarão do arquipélago. Eles conseguem chegar a uma praia, mas logo descobrem que estão presos em uma ilha desabitada. De início, tudo o que importa é sobreviver. Mas, à medida que os dias se tornam semanas, e então meses, Anna começa a se perguntar se seu maior desafio não será ter de conviver com um garoto que aos poucos torna-se homem.

Desde que ouvi falar desse livro um tempo atrás fiquei muito curiosa para lê-lo. Agora que finalmente consegui adquirir em uma troca, ler e aprovar, devo admitir, que apesar de achar a estória muito bem contada, essa é mais uma resenha difícil de escrever.

Como descrito na sinopse, o livro vai nos contar a estória da Anna que aceita uma proposta para trabalhar em uma ilha nas Maldivas durante as férias, dando aulas de inglês para T.J., um adolescente de 16 anos que está em remissão de um câncer e precisa recuperar as disciplinas da escola, devido ao tempo que passou em tratamento. Enquanto Anna foge do seu relacionamento sem futuro, T.J. queria estar curtindo com os amigos, ao invés de isolado em uma ilha com a família, estudando. Já nas Maldivas, Anna e T.J. que já sofreram alguns atrasos em conexões, finalmente conseguem um pequeno hidroavião um dia depois da família do rapaz já terem viajado, mas o avião cai em um mar com tubarões e os dois ficam presos em uma das 1.200 ilhas do arquipélago e por acaso essa ilha é uma das desabitadas. 

Toda a história gira em torno da narrativa intercalada dos protagonistas, ou seja, o leitor só sabe o que acontece na ilha, não sabemos como as famílias reagem ou até onde as buscas se estendem e isso é um pouco angustiante. E sei que a sinopse sugere que há algum tipo de atração ou envolvimento entre Anna e T.J. e pode parecer pouco provável devido a diferença de idade dos dois, e eu mesma que me considero cabeça aberta tinha um pouco de receio antes mesmo de iniciar a leitura, mas a autora torna tudo tão autêntico, que a questão passa a ser natural e a sobrevivência e o relacionamento entre os dois se torna mais interessante do que as implicações do sexo em si. E isso é tudo que posso contar, pois qualquer coisa além disso possivelmente estragaria a experiência de quem tiver interesse em ler o livro. 

Mas o que posso dizer com certeza, que para uma autora estreante, Tracey Garvis Graves construiu um enredo sensacional e acontece tanta coisa nessa trama que torna a resenha trabalhosa. Porque ao mesmo tempo em que quero super elogiar o livro e super indicar a leitura, qualquer detalhe maior vira spoiler. E a autora teve uma criatividade incrível para o desenrolar do dia a dia deles durante todo o tempo, que devo confessar, é longo. Obviamente eles aprendem a se virar, mas o empenho em dificultar a vida dos personagens sem água potável e comida em uma ilha deserta, dia a dia foi genial, quase como se a própria autora tivesse vivido a mesma experiência. Deve ter sido um trabalho de pesquisa intenso.

Sinto muito que não possa contar mais do que isso sobre o enredo, mas definitivamente vale mesmo a pena essa leitura. O ano de 2016 foi mais um ano de incríveis leituras para mim e definitivamente Na Ilha está na lista dos melhores do ano.

7 comentários:

  1. Oi Ana.

    Sua resenha realmente deixou com vontade de conferir a história inteira, pois contém uma sinopse interessante e como não conheço a escrita da autora, é uma oportunidade de conhecer a criatividade que foi citada. Além de ficar curiosa para ler o dia a dia dos personagens. Dica anotada.

    Bjos

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  2. Já tinha visto esse livro em promoção nas Americanas mas não me chamou atenção, embora sua resenha tenha ficado muito boa, esse não é o tipo de livro que leria, não curti muito o cenário e a sinopse também não me agradou, mas vou deixar anotado aqui a dica, quem sabe não mude de ideia não é?
    beijos!

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  3. Olá,
    Desde que vi o lançamento da obra fiquei bem intrigada para saber mais sobre ela.
    É a primeira resenha que leio e com certeza conseguiu me deixar bem mais intrigada do que já estava.
    Quero muito conferir como ambos os personagens irão se virar para conseguir sobreviver nessa ilha e superar as dificuldades. Uma pena você não poder contar mais mesmo!

    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  4. Olá!

    Que aflição essa premissa! Não conhecia a autora, mas gostei do que li e quero o livro o mais rápido possível - mesmo com uma lista imensa aqui comigo!!!

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  5. Oiii!

    Essa é uma das primeiras resenha positivas que leio para esse livro! Sempre vejo bastante critica paa ele mas esse seu novo olhar me deixou curiosa!
    A escrita da autora parece ser bem leve e envolvente! Gostei

    Beijinhoss

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  6. Eu já tinha visto essa capa e, apesar do nome, não tinha me dado conta do que poderia ser a história hahaha. Imagino que a autora tenha tido um cuidado muito grande pra fazer uma narrativa interessante em um dia a dia que tinha tudo para ser monótono. Confesso que a história do romance também me deixou meio desconfiada, mas pelo que você disse, ela soube trabalhar muito bem :D

    ourbravenewblog.weebly.com

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  7. Oi Ana, este é um livro que desejo ler por ter sido presenteada com resenhas que despertam o desejo de mergulhar na trama e conferi tudo, sua resenha reforçou minha mente que preciso ler e tenho quase certeza que vou adorar o livro.

    Bjo
    Tânia Bueno
    Faces da Leitura

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