[Resenha] Arena 13

Autor: Joseph Delaney
Páginas: 320
Editora: Bertrand Brasil
Série: Arena 13, 1
Leif tem uma única ambição: tornar-se o melhor lutador da famosa Arena 13. Lá, os espectadores apostam em qual lutador vai derramar sangue primeiro. E, em ajustes de contas, apostam em qual lutador vai morrer. Mas a região é aterrorizada por Hob, um ser maligno que se deleita torturando a população e exibe o seu poder devastador desafiando combatentes da Arena 13 a lutas até a morte quando bem entende. E isso é exatamente o que Leif quer, pois ele conhece bem os crimes de Hob. E, no cerne da sua ambição, arde o desejo de vingança. Leif procura revanche contra o monstro que destruiu a sua família. Mesmo que isso lhe custe a vida.

Eu conheço Joseph Delaney por conta de sua conhecida série As aventuras do caça-feitiços. Série essa que eu adoro, aliás. Quando soube sobre o lançamento Arena 13, e que seria uma distopia, fiquei muito empolgada e óbvio que eu necessitava conhecer a história. A trama lembra a época dos gladiadores, porém, com uma tecnologia totalmente avançada e diferente. Eu adorei os elementos que o autor inseriu na trama. Meu medo no início foi que a leitura acabasse sendo um pouco difícil de entender por conta de termos e regras, no entanto, já nas primeiras páginas é possível adentrar nesse mundo sangrento e entender bem o conceito de cada luta.

Arena 13 tem como personagem principal Leif, um garoto que tem um desejo fixo em sua mente: se tornar lutador da arena 13, uma das mais perigosas - e também mortal -, para conseguir se vingar um dia daquele que destruiu sua família: Hob, um ser monstruoso que aterroriza a população, e que parece ser quase impossível de matar. Leif então parte para a cidade ao encontro daquele que irá lhe ajudar a ser um verdadeiro lutador. Seu novo mentor, Tyron, é famoso e resolve acolher Leif. 

Eu não conseguiria nem explicar direito como funcionam as lutas e suas regras direito, mas o que eu mais gostei é que os lutadores são de duas posições: min, que luta atrás de um Lac e mag, que luta atrás de três. Lacs são praticamente robôs, e cada lutador precisa aprender a usá-los na arena com códigos para que o adversário não entenda suas intenções. É quase que uma dança, e com a narrativa esplendorosa do autor é possível imaginar cada cena.

Essa é uma trama que daria um ótimo filme. Sério. A história tem sua complexidade, mas consegue ter uma leitura fluída, pois há reviravoltas intensas e perigosas há todo momento. É incrível acompanhar um garoto tão jovem, porém, determinado. Leif parece ter muita facilidade em aprender.

Ao mesmo tempo que entendemos esse mundo de arenas, lacs e lutadores, acompanhamos o dia a dia de Leif, seu treinamento com o mentor e colegas, e sua amizade com a filha de Tyron: Kwin. Kwin é uma garota, e por isso não pode ser uma lutadora, porém, seu maior sonho é entrar em uma arena. Com uma personalidade forte e marcante ela mostra seu empoderamento dentro da trama. Eu gostei muito dela, ouso dizer que até mais que de Leif, e espero realmente que ela consiga se sobressair e realizar sua vontade.

Perto do final temos algumas revelações bastante importantes para a história, mas não as achei tão surpreendentes assim. Em todo caso, a leitura foi excelente e alcançou minhas expectativas. Eu estou ansiosa para que a continuação seja publicada. Sobre a edição: essa capa é muito linda! Recomendo!