quinta-feira, 24 de março de 2016

[Resenha] O fim da eternidade

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Autor: Isaac Asimov
Páginas: 255
Editora: Aleph
Andrew Harlan é um Eterno: membro de uma organização que monitora e controla o Tempo. Um Técnico que lida diariamente com o destino de bilhões de pessoas no mundo inteiro: sua função é iniciar Mudanças de Realidade, ou seja, alterar o curso da História. Condicionado por um treinamento rigoroso e por uma rígida autodisciplina, Harlan aprendeu a deixar as emoções de lado na hora de fazer seu trabalho.
Tudo vai bem até o dia em que ele conhece a atraente Noÿs Lambent, uma mulher que abala suas estruturas e faz com que passe a rever seus conceitos, em nome de algo tão antigo quanto o próprio tempo: o amor. Agora ele terá de arriscar tudo - não apenas seu emprego, mas sua vida, a de Noÿs e até mesmo o curso da História.
Da extensa obra de Isaac Asimov, "O Fim da Eternidade" (publicado originalmente em 1955), junto com a série "Fundação e The Gods Themselves", está entre os melhores livros escritos pelo autor, e é considerada uma das mais bem-sucedidas histórias de viagem no tempo.


Para quem nunca ouviu falar do autor, segue um fato interessante: os filmes O homem bicentenário e Eu, robô foram baseados em obras do Isaac Asimov. Mas não foi isso que me chamou atenção para o livro. Foi simplesmente a sinopse que aguçou minha curiosidade, e esse título já estava na minha lista há bastante tempo, mas só recentemente consegui comprar O fim da eternidade .

Como descreve a sinopse, Harlan é um técnico na organização chamada Eternidade, responsável por mudanças de realidade que alteram o curso da história e apesar da função de técnico ser desprezada pelos outros eternos – afinal o trabalho de um técnico exige que ele execute pequenas mudanças que alteram personalidades, vidas e a história dos humanos – ele é muito bom no que faz, e por saber disso, até um pouco arrogante, eu diria. Então ele conhece Noÿs, com quem passa a conviver durante uma de suas missões, e a atração entre os dois se torna irresistível. Como mulheres raramente são permitidas nesta organização, Harlan nunca teve que interagir com uma antes.

Se havia uma falha na Eternidade, ela envolvia mulheres. Harlan sabia dessa falha praticamente desde que entrara na Eternidade, mas a sentiu na pele somente no dia em que conheceu Noÿs.

E para manter esse relacionamento, que é reprovado pelos demais Eternos, ele começa a burlar algumas das leis pelas quais ele zela, até que seus atos acabam obrigando-o a rever todo o conceito da Eternidade e a alteração da história em nome do amor começa a parecer a única solução possível.

Pela primeira vez, ocorreu-lhe um pensamento expresso e especifico. E embora o repelisse horrorizado, sabia que, tendo ocorrido uma vez, ocorreria novamente.
O pensamento era simplesmente esse: ele destruiria a Eternidade, se fosse preciso.

Umas das primeiras coisas que você deve saber se resolver ler o livro, é que assim como A hospedeira, vai precisar de paciência para passar pelo inicio bem descritivo das tecnologias envolvidas. E a segunda coisa é que – e não quero fazer aqui uma analise aprofundada do livro – mas acredito que o autor quis deixar a ideia de que talvez a possibilidade de alterar o curso da história para o bem dos humanos sem a consciência dos mesmos, pode ser prejudicial a evolução da humanidade, ou não. Você leitor é quem vai refletir e chegar a sua própria conclusão.

Mas o fato é que apesar das minhas expectativas, não posso dizer que foi um livro cinco estrelas, pois mesmo depois do inicio mais descritivo, o enredo todo é permeado de suposições teóricas de alterações de realidade e suas consequências que podem ser entediantes. Ainda sim, com certeza é um livro dotado de muita criatividade e se tiver oportunidade, sem duvida lerei outras obras do autor.

6 comentários:

  1. Oiii, tudo bem?
    Eu estava fascinada em relação da mudança do tempo, sendo um dos meus favoritos. Só fiquei meio sei lá, sabe? Chateada, por ter essa pitada de romance, acho que não seria necessário. Porque antes desse romance, eu estava me sentindo completamente apaixonada pela obra. Irei pular a dica.
    Beijão Ana <3

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  2. Não conhecia esse livro, mas adorei saber que é o mesmo autor de O homem bicentenário e Eu, robô porque adoro essas histórias, então com certeza parece ser ótimo esse livro também. Adorei a capa :D

    www.vivendosentimentos.com.br

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  3. Ana, já ouvi falar das outras obras do autor, mas nunca me animei a ler pelo fato de não gostar de ficção cientifica.
    E o mesmo aconteceu com esse, ele não me chamou atenção e não gosto dessa descrição toda, isso acaba me dando sono e desisto da leitura.
    Mas pretendo ler algo dele ainda.

    Lisossomos

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  4. Oi Ana.
    Eu não conhecia este livro, eu gostei da capa, mas a sinopse não chamou a minha atenção porque eu li na sua resenha que o livro terá que ter um pouco de paciência com o inicio como foi com A hospedeira.Outro livro que não curti muito de ler. Vou deixar sua dica para outro leitor.

    Bjos

    http://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com.br/

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  5. Oi, flor.
    Parece que o enredo e os questionamentos que esse livro provoca são muito bons, mas a narrativa é um pouco cansativa... Hm. Bom saber, porque adquiri esse livro há muito tempo. Quero ler todos os livros desse autor (antes de morrer, quero dizer, kkkk). Asimov é um dos gênios do gênero ficção científica e acho que sua tendência é algo a ser apreciado. Eu sabia de Eu, Robô... mas não sabia que O Homem Bicentenário provém de uma adaptação de obras dele. :O

    Beijos!
    http://www.myqueenside.blogspot.com

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  6. Oie, Ana! Diferente de você, eu acho muito interessantes essas discussões sobre o que aconteceria se houver uma mudança na história. Amo os "e se" que aparecem em histórias assim, só espero que ele não tenha se perdido ou criado algo sem lógica para explicar.
    Beijinhos!
    Anna - Letras & Versos

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