terça-feira, 23 de agosto de 2016

[Resenha] Interestelar

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Autor: Greg Keyes
Páginas: 268
Editora: Gryphus Geek
Interestelar é a crônica de um grupo de exploradores que se aproveita de um recém-descoberto buraco de minhoca para ultrapassar os limites das viagens espaciais tripuladas e assim conquistar as grandes distâncias de uma jornada interestelar. Enquanto viajam, estão em risco o destino do planeta... Terra...e o futuro da raça humana.








Interestelar é baseado no filme homônimo, o qual eu assisti no mesmo ano em que lançou. Gente, eu confesso que assim que terminei de assistir o filme eu pensei: 'o que que eles fumaram?', sério. Foi algo mucho loco, mesmo eu amando ficção científica, aquele final me deixou sem entender bulhufas. Ainda bem que a Gryphus Geek trouxe a romantização, pois com a leitura é muito mais fácil de entender  a história. A obra não tem nada de diferente do enredo do filme, porém, tem a vantagem que um livro sempre possui: mais detalhes. É possível entender melhor os personagens, suas relações e sentimentos.

Interestelar é dividido em três partes, onde cada uma mostra um passo importante na vida dos personagens, assim como do planeta. Por conta das mudanças climáticas, a Terra não é mais um planeta habitável. Há escassez de comida e a poeira está deixando as pessoas com doenças respiratórias. Parece não haver salvação para a humanidade, só lhes resta aguardar para morrer. Essa primeira parte nos apresenta a família de Cooper, um engenheiro espacial, que com todas essas mudanças acabou se tornando um fazendeiro. Sua plantação de milho é o que sustenta ele, o sogro e os filhos. 

Murphy é uma das personagens que mais cativa o leitor com seu temperamento difícil e direto. Ela é uma garotinha de apenas dez anos, mas muito inteligente e curiosa. Ela está há dias dizendo que há um fantasma tentando se comunicar com ela, mas ninguém acredita. Até que após uma tempestade de areia Cooper percebe que no quarto de sua filha há um campo gravitacional, e que está lhe dando coordenadas. Indo ao encontro deste lugar, ele percebe que pode ajudar a salvar o planeta em uma missão secreta e bastante perigosa.

É então que chega uma das partes que mais me cortaram o coração, tanto no filme quanto na leitura, a separação de Cooper e sua filha, que fica desolada com o abandono. Esse foi o momento que os olhos suaram, eu juro. Cooper promete que vai voltar, mas sabe que não é algo certo. Porém, esta missão poderá salvar sua família. No livro percebemos que esse sentimento não é apenas pensando nos filhos, mas também ele próprio vê neste convite uma forma de autossatisfação, de fazer aquilo que ele sempre gostou.

É então que se inicia a segunda parte, onde há termos mais científicos, porém, que são bem explicados e fáceis de entender. Cooper está em uma nave rumo a um buraco de minhoca que o levará para outra galáxia. Nesta galáxia ele precisa ir ao encontro de pessoas que foram em missão de reconhecimento. Cada um se encontra em um planeta, e eles precisam verificar qual deles é habitável para que possam salvar a humanidade. Porém, há um detalhe, um dos planetas é próximo do buraco negro Gargantua, e algumas horas nele equivalem anos na Terra.

Eu realmente não vou entrar em termos técnicos, pois não tenho um pingo de entendimento de física e tudo que envolva as teorias usadas na história. Mas posso dizer que essa é uma ficção científica fácil de se envolver, pois além da parte científica, há todo um drama dentro da história. Essa foi uma leitura extremamente rápida, e eu sinceramente não esperava por isso. Porém, a narrativa do autor é bastante simples e faz o leitor entender tudo de forma clara. Óbvio que há alguns termos e teorias que te fazem ficar, 'oi?', mas mesmo assim é muito fácil entender o contexto.

Interestelar termina da mesma forma do filme, e eu chorei, confesso. Que final triste e angustiante. Que drama incrível. De um lado a salvação do planeta e da raça humana, de outro a possibilidade de nunca mais ver os filhos. É bastante emocionante perceber essa luta emocional que Cooper trava consigo mesmo pela escolha que fez. Essa é uma obra que mostra uma jornada cheia de perigos, mas também de esperanças. Recomendo!

3 comentários:

  1. Esses termos e teorias que causam esse "oi?" é o que me deixam com um pé atrás, mesmo que você tenha dito que a narrativa do autor é simples e podemos entender com clareza. Me incomoda quando começam a falar de física, não entendo nada e fico agoniada. Ficção científica pra mim, com quanto menos explicações científicas melhor... Rs... Não sei se vou ler.

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  2. Oie, tudo bem?
    Eu não lembro se já assisti o filme, mas esse enredo não me é estranho... E que bom que a Gryphus lançou o livro, assim você teve a chance de se emocionar mais ainda com a trama e descobrir detalhes que talvez façam toda a diferença na história. Eu não conheço muitos termos científicos, mas fiquei feliz em saber que nesse livro tudo é explicado! Como eu disse, não me lembro se assisti ao filme, mas fiquei imaginando a separação do pai e filha e tbm fiquei emocionada.

    Beijos
    www.procurei-em-sonhos.com

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  3. Oie
    Quando assisti o filme eu também fiquei com um nó na cabeça por conta daquele final, ainda assim eu acho um filme sensacional! Mas vejo muita gente reclamando sobre ele por causa de falta de verossimilhança. Imagino que ler o livro deve ser tão bom quanto, talvez um pouco mais complicado por conta dos termos.
    Beijo

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