sexta-feira, 17 de junho de 2016

[Resenha] Vamos juntas?

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Autora: Babi Souza
Páginas: 144
Editora: Galera Record
Toda mulher já se sentiu insegura na hora de sair sozinha na rua. O risco de ser abordada, perseguida ou assediada é uma realidade. Mas, um dia, uma moça chamada Babi Souza teve uma ideia simples e revolucionária: da próxima vez em que você estiver sozinha, olhe para os lados. Pode ter outra mulher andando na mesma direção. Por que não vão juntas?Logo, o movimento Vamos Juntas? conquistou moças em todo o Brasil, se tornando um símbolo de união feminina e feminismo, na defesa por direitos iguais entre homens e mulheres. Aos poucos, muitas mulheres mudaram sua forma de enxergar o dia a dia e a moça ao lado.
Além de dados sobre o feminismo, que mostram como ainda há tanto a ser conquistado, este guia traz relatos de mulheres que aprenderam, junto ao Vamos Juntas?, a enxergar companheiras umas nas outras. A se unir, ao invés de rivalizar.


Parado há dois meses na minha estante, esse livro não solicitado à editora, mas que eu teria que ler em algum momento, subiu para o topo da minha lista graças a minha curiosidade depois de ver uma entrevista da autora do livro e projeto, de mesmo nome, no programa Encontro com Fátima Bernardes. E agora, depois de finalizar a leitura, bateu aquele arrependimento por não ter lido antes.
Para mim, a palavra sororidade era totalmente estranha, então segue abaixo o significado dessa palavrinha engraçada – que é o tema principal do livro – para o caso de você também nunca ter ouvido falar : 

SO.RO.RI.DA.DE
1. Grupo de irmãs.
2. Reunião entre mulheres que se reconhecem irmãs formando um grupo politico e ético na luta pelo feminismo contemporâneo. 

Ou seja, o livro vai se tratar de assuntos muito discutidos atualmente, como empoderamento feminino, igualdade de gêneros, violência contra a mulher, etc. Conforme a autora descreve, o insight surgiu por causa de uma situação vivida por ela mesma e que a maioria das mulheres enfrenta em algum momento: a insegurança de andar em ruas desertas, principalmente à noite. Muitas vezes quando andamos preocupadas com nossa segurança pessoal nesse mundo violento, não atentamos que muitas vezes no nosso trajeto pode haver uma mulher com a mesma rota que nós e não nos unimos para nossa própria proteção, mas seguimos cada uma preocupada com sua respectiva situação. 

Apesar de ser um livro curto, cheio de cor de rosa e com varias ilustrações, fui surpreendida pela clareza de ideias, não só quanto ao projeto em si, mas pelos dados de pesquisas sobre desigualdade de gêneros, pela explicação detalhada do termo feminismo – que pelo que eu acompanho nas redes sócias, muitas vezes é confundido com rivalidade aos homens e até ódio em alguns casos. 

No feminismo mora, sim, o anseio de ver mais mulheres ocupando, ao lado dos homens, os planos econômico, social e cultural. Contudo, é mais que isso. É adotar a postura de enxergar, refletir e se indignar com todas as opressões que as mulheres vivenciaram e ainda vivenciam.

Mas o que mais mexeu comigo particularmente, foram os relatos de casos enviados à página do projeto no Facebook, após a ideia se tornar conhecida. A maioria emocionantes e reflexivas, me fez ver como um simples gesto e mudança de pensamento pode evitar tristes fatalidades, que nem sempre são divulgadas na mídia, mas que sabemos acontecer diariamente.

Minha recomendação final, leve um lenço, se você tiver metade da minha sensibilidade, certamente os depoimentos farão seus olhos suar. E se puder, após a leitura, presenteie alguém com o livro. As vezes, sem saber, podemos ajudar alguém que precisa do empoderamento proposto no livro, ou simplesmente precisa abrir os olhos para a situação que está vivendo.

10 comentários:

  1. Oii, tudo bem?
    Eu estou morrendo de vontade de ler esse livro. Acredito e percebo que a autora realmente tem razão no que escrevestes. Precisamos estar juntas e enfrentar os problemas que estão principalmente no cotidiano da mulher.
    Beijos

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  2. Oi Ana, tudo bem?
    Desde quando lançaram esse livro eu tenho interesse em lê-lo. Imagino o quanto os relatos são emocionantes. E acredito que todos (mulheres ou homens) deveriam ler para compreender o medo que uma mulher sente quando por exemplo anda sozinha na rua a noite, dessa forma todos iriam concordar que precisa existir a igualdade de gênero.
    Muito bom o livro explicar o que é feminismo, muita gente confunde o termo com femismo (ideia que considera a mulher superior ao homem). Enfim, acredito que esse livro seja de extrema valia para divulgar melhor o que é o feminismo e a sororidade.
    Beijos

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  3. Olá Ana, tudo bem?

    Lembro do lançamento desse livro pela Galera Record, acho muito interessante a temática, para entender mais por exemplo feminismo e os problemas que as mulheres enfrentam no dia a dia. Espero um dia ter a oportunidade de ler esse livro. Bjussss

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  4. Sabe que quando li esse livro não conhecia a palavra sororidade (e achei o máximo que li um juvenil em que a protagonista a conhece e cita algumas vezes) e muito menos sabia o conceito correto de feminismo? É algo muito deturpado, e esse livro fala do assunto de maneira simples e objetiva, amei! Mudei minhas atitudes, se tenho que andar por um local que parece bem deserto sempre verifico se não tem uma mulher na mesma situação que pode andar junto comigo. Adorei esse movimento!

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  5. Olá Ana,
    Nossa que livro interessante. Adorei que retrata um tema tão discutido hoje e que muitas mulheres não conhecem e ainda julgam as colegas por ser feministas e quererem igualdade de direitos. Achei bem interessante e já coloquei esse livro na minha lista de desejados.
    Parabéns pela resenha.
    Beijos,
    www.embarcandonaleitura.com.br

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  6. Oi Ana.

    Por tratar de um livro vai abordar assuntos que são discutidos atualmente, eu fiquei bem interessada em ler. Achou que é uma leitura aproveitosa e importante para as mulheres. Dica muito bem anotada, realmente quero ler este livro.

    Bjos
    Histórias Existem Para Serem Contadas

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  7. Oi Ana.
    Acho legal cada vez mais estarem surgindo livros que abordem a luta das mulheres, é bom para homens que resolvam ler e entender um pouco e para mulheres desinformadas.
    Eu não leria porque não é um tipo de livro que eu goste mesmo, não é o que procuro numa leitura mas acho super válido.
    beijo

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  8. Oi Ana, tudo bem?
    Confesso que não sabia o que era sororidade, mas depois de ler esse livro pude entender melhor. Eu nem sabia sobre o projeto, mas depois de ler esse livro comecei a seguir nas rede sociais.
    Como você fiquei abalada com os relatos das mulheres e é um livro que merece ser lido por todos.

    Beijos,
    www.leitorasempre.com

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  9. Oie, nunca tinha ouvido falar do livro e nem da autora, acho que o mundo se tornou um lugar perigoso para ambos os sexos. Mas ser mulher é ainda mais difícil... achei bacana o tema proposto pelo livro mas nesse momento não o leria.
    Bj

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  10. Oiii!!!

    Eu achei maravilhosa a ideia dessa obra! Desde que vi o lançamento fiquei com vontade de comprar, mas e o dinheiro?? E o tempo de ler? HAHAHA tá complicado.
    Cada resenha que leio, me dá vontade de ler mais ainda.
    Gostei da sua, simples e bem escrita.
    Beijinhos

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