sábado, 25 de junho de 2016

[Resenha] Os pequenos homens livres

|
Autor: Terry Pratchett
Páginas: 304
Editora: Bertrand Brasil
Série: Uma aventura da Tiffany Dolorida, 1 (Discworld, 30)
Um perigo oculto, saído de pesadelos, vem trazendo uma ameaça diretamente do outro lado da realidade. Armada com tão somente uma frigideira e seu bom senso, a pequena futura bruxa Tiffany Dolorida deve defender seu lar contra fadas brutais, cavaleiros sem cabeça, cães sobrenaturais e a própria Rainha das Fadas, monarca absoluta de um mundo em que realidade e pesadelo se entrelaçam. Felizmente, ela contará com uma ajuda inesperada: os Nac Mac Feegle da região, também conhecidos como os Pequenos Homens Livres, um clã de homenzinhos azuis ferozes, ladrões de ovelhas, portadores de espadas e donos de uma altura de mais ou menos quinze centímetros. Conseguirão eles salvar as terras quentes e verdejantes de Tiffany?


Os pequenos homens livres faz parte da série Uma aventura da Tiffany Dolorida, e também do universo de Discworld. Eu nunca li essa série, Discworld, então gostei de saber que a obra poderia ser lida separadamente. Foi uma ótima forma de me inteirar no mundo criado pelo autor, e até mesmo em sua escrita. O que mais me surpreendeu é que a leitura foi extremamente fluída, pois Terry Pratchett consegue envolver e encantar o leitor com uma fantasia maravilhosa e cheia de diversão.

Tiffany tem apenas nove anos, mas mostra ser uma garota repleta de coragem. Seu sonho é ser uma bruxa, mesmo as bruxas sendo mal vistas onde mora. Logo no início da narrativa Tiffany precisa enfrentar um monstro, saído do pior dos pesadelos, já que ela parece ser a única a enxergá-lo. Porém, esse não foi o primeiro e último monstro, fadas e cães infernais ameaçam seu lar. E o mais terrível: sequestram seu irmão. Tiffany, porém, não está sozinha. Ela recebe ajuda de uma velha bruxa e dos Nac Mac Feegle, os Pequenos Homens Livres. Eles possuem menos de 20 centímetros, por isso ficamos na dúvida se eles serão úteis nessa encrenca toda. 

Bruxas não usam magia, a menos que realmente tenham que usar. Dá muito trabalho e é difícil de controlar. Fazemos outras coisas. Uma bruxa presta atenção em tudo o que acontece. Usa a cabeça. Uma bruxa tem confiança em si mesma. E sempre tem um pedaço de barbante...

Eu simplesmente amei a narrativa do autor. Ela é extremamente leve e divertida. A personagem se mete em situações muito engraçadas, mas realmente quem ganha destaque são os pequeninos. Eles são corajosos, adoram brigar, roubar e beber, e têm nomes muito esquisitos e hilários. Os diálogos parecem muito bobinhos, mas esse tom dado ao enredo permite ao leitor se envolver com a fantasia apresentada. 

A trama não possui muitas reviravoltas, e nem é muito complexa, afinal, a protagonista é uma criança. Mas é simplesmente fácil se apaixonar por tudo. Eu realmente gostei desse primeiro contato com a série. Eu amo histórias de bruxas, e mesmo Os pequenos homens livres sendo um pouco mais infantil, consegui me envolver bastante. Tiffany é uma heroína, mas que também tem defeitos, é impossível não gostar de sua impulsividade e personalidade marcante.

- O segredo não é sonhar - sussurrou. - O segredo é acordar. Acordar é mais difícil. Eu acordei e sou real. Eu sei de onde venho e para onde vou. Você não pode mais me enganar. Nem me tocar. Nem tocar qualquer coisa que seja minha.

Se você procura uma leitura leve e rápida, esse definitivamente é o livro certo. Eu estou com o segundo volume na estante, e já espero mais diversão por parte dessa garotinha. Em breve tem mais resenha por aqui!

Um comentário:

  1. Oie!!
    É bom saber que o livro foi uma leitura leve e rápida, pra mim isso é ideal pois tenho dificuldades pra ler livros de fantasia.
    E posso dizer? Simplesmente amei esse quote <3 é profundo, reflexivo.
    Beijos

    ResponderExcluir