terça-feira, 24 de outubro de 2017

[Resenha] O voo da vespa

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Autor: Ken Follett
Páginas: 416
Editora: Arqueiro
Freya é o nome da deusa nórdica do amor. Também é o codinome da mais recente invenção nazista, de acordo com uma mensagem interceptada pelas forças aliadas. A inteligência britânica desconfia que é graças a ela que os alemães estão conseguindo abater os bombardeiros ingleses a uma velocidade tão alarmante.
Hermia Mount, uma analista do MI6, é recrutada para ajudar a descobrir qual é essa nova arma. Tendo morado a vida inteira na Dinamarca, ela possui contatos valiosos que poderão auxiliá-la em sua missão. Do outro lado do mar do Norte, numa ilha dinamarquesa ocupada pelos alemães, o estudante Harald Olufsen descobre uma instalação estranha dentro da base militar nazista. Ele não sabe o que é, mas não se parece com nada que já tenha visto, e ele precisa contar para alguém.
Em Copenhague, o detetive Peter Flemming colabora com os alemães para desvendar quem está repassando informações de dentro do país nórdico para os aliados britânicos.
Numa Europa praticamente dominada pela Alemanha, a vida dessas três pessoas se entrelaça de forma irreversível, e quando um decrépito avião bimotor se transforma no único meio de fazer a verdade chegar até as forças aliadas, o destino delas poderá mudar o rumo da guerra – e da história.

Romances históricos retratados na época da Segunda Guerra Mundial estarão sempre na lista de leitura de alguém, e o livro O Voo da Vespa que conta uma história de dois jovens dinamarqueses em busca da liberdade na época da invasão nazista foi o meu escolhido para ser a minha primeira leitura do famoso e amado escritor Ken Follett.

Achava que seria um leitura demorada e talvez confusa por conta dos detalhes e fatos históricos, mas bem longe disso, o livro conseguiu me conquistar pela escrita simples, prática e ágil que o autor possui; e ao conduzir essa história, ele livremente se baseou em um fato real de dois jovens com um plano de fugir num bimotor através do mar do norte, da Dinamarca para a Inglaterra, e ainda acrescentou detalhes de espionagem, resistência dinamarquesa, inteligência britânica e a presença do famoso Primeiro-Ministro britânico Winston Churchill.

Por conta de todos esses elementos, o livro foi uma grata surpresa, pois nele percebe-se alguns pontos que realmente aconteceram costurados e construídos de uma forma para que a narrativa ficcional ficasse prazerosa e instigante para o leitor.

Um jovem estudante dinamarquês de 18 anos, chamado Harald Olufsen será o ponto principal na condução desse enredo. Ele não se conforma com a situação que se encontra seu país, apesar dele às vezes focar apenas no seu futuro como estudante de física, essa situação ainda o incomoda, pois a forma como a Dinamarca se rendeu aos alemães deixa Harald triste e envergonhado, afinal a Polônia não se rendeu facilmente, e ele pensava que os dinamarqueses deveriam fazer o mesmo. 


A noiva do seu irmão mais velho, Hermia Mount, uma jovem inglesa que precisou fugir e deixar seu noivo para trás assim que os nazistas aterrissaram na Dinamarca, será outra peça importante nesse enredo repleto de coragem, inteligência, amor e luta.

Com 416 páginas, o autor te conduz sem você precisar ficar recorrendo às páginas anteriores para se lembrar de detalhes importantes, pois os pontos e elementos fundamentais são apresentados de forma simples e fácil. Não existem segredos para o leitor, aqui você acompanha os passos de vários personagens nessa intrincada rede de segredos e esperanças, mostrando tanto o lado de alguém que trai a sua própria pátria, quanto daqueles improváveis heróis que aparecem em momentos de pouca esperança no futuro.

Não espere levar cada detalhe floreado e criado pelo autor como uma base para um aprendizado de história. Aqui você deve levar em consideração que autor se apropria de fatos históricos e constrói do jeito dele um belo romance sobre pessoas envolvidas em momentos difíceis que exigem medidas e atitudes excepcionais.

Se você ficar curioso, como eu fiquei, busque aprender mais sobre esse momento com verdadeiros livros de história. Pesquise e aprenda aquilo que nunca será possível ser tirado de você, pois quando a compreensão dos fatos te guiarem e te mostrarem a verdade (que algumas pessoas ainda insistem em não perceber), verá que o passado se repete, mas por vezes retorna com várias nuances e complexidades que só uma mente preparada poderá entender.

10 comentários:

  1. Uaaau!
    Não li nada do Ken Follet, e fiquei bem interessada nesse. Amo romances históricos, ainda mais quando se passam em tempos de guerra.
    Também não li nenhum livro que se passa na Dinamarca, então será uma boa maneira de conhecer o país.
    Parece uma boa história, e espero poder ler em algum momento.

    Beijos

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  2. Gostei quando no final da resenha,nos diz que fatos que acreditamos que fazem parte do passado,ainda acontecem,mas de forma diferente ,disfarçada... E a gente nem percebe! :(

    Bem,quando comecei a ler a sinopse ,imaginei que o livro não seria uma leitura fluída e fácil. Mas lendo a resenha vi que não é bem assim,e fiquei mais empolgada e curiosa em conhecer a história desses personagens,em um momento muito difícil da história.
    Eu ainda não li nada do autor,mas sempre leio comentários positivos sobre os seus livros.

    Boa dica!

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  3. Nunca li do nada do autor, mas sempre vejo comentários bastante positivos.
    Gosto bastante quando a trama envolve história, nos faz querer descobrir mais sobre.
    Que bom que ele consegue conduzir sem nos fazer ficar voltando páginas atrás.

    beijos

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  4. Oi Dandra!
    Nunca li nada do autor, e mesmo com sua resenha positiva eu não me empolgo muito. Livros com conteúdos históricos para mim são arrastados! Se tiver oportunidade irei tentar ler, quem sabe conhecendo a história de Harald Olufsen eu não goste não é? Se for caso seguirei sua dica e irei procurar mais sobre o assunto.
    Beijos

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  5. Ainda não li nada do autor, mas eu sempre leio resenhas dos seus livros e todos falam super bem.
    Adorei a sua resenha e a história desse livro parece ser bem boa.
    Gosto muito de fatos históricos, então acho que vou gostar bastante do livro.

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  6. Oi.
    Eu amo livros narrados em época de segunda guerra mundial, quase tanto quanto romances de época.
    Eu achei legal o fato de que a leitura não é pesada e cheia de detalhes e concordo com você, sempre devemos levar em conta o fato de que a sempre um floreio e romantização da história que pode não ter acontecido na vida real, mas enfim, eu adorei a premissa e quero muito ler o livro.
    Bjs.

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  7. Ainda não li nem um livro do autor Ken Follett, mas sempre leio comentários positivos referentes aos livros dele, e tenho alguns em minha lista de leituras, inclusive O voo da vespa.
    Que bom que este livro conseguiu te conquistar pela escrita simples, prática e ágil do autor, pelos seus comentários este livro parece ser muito bom, pretendo ler O voo da vespa em breve.

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  8. Dandra!
    Gosto demais de livros que trazem fatos históricos e o autor cria seu próprio enredo em cima de tudo que aconteceu, propiciando uma leitura rica e ágil, o que facilita na hora de ler e nos envolve de forma que não conseguimos desgrudar até desvendar toda a trama.
    Desejo um maravilhoso e florido final de semana!
    “Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.” (Jean-Paul Sartre)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  9. Olá!
    Eu já tinha curiosidade para ler esse livro. Vejo que a trama dele é bastante envolvente e histórica. Os personagem tem uma forma de pensar bem diferente para essa época já que muitos nunca chegaram a pensar assim. Eu já estou com mais curiosidade em ler.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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  10. Oi Dandra,
    Uma história que une o real com o ficcional tem tudo para ser um sucesso e, parece, que Ken Follett se saiu bem em O Voo da Vespa. Não tenho muita experiência com romances históricos, mas mantenho a mente aberta para quando um me chamara atenção eu consiga aproveitar a leitura. Focar no futuro quando o seu país está em guerra ou rendido a ela não deve ser fácil e Harald Olufsen representa muito bem os anseios e frustrações dos jovens da época. É uma história bem interessante e trás mais do que guerras, pois o autor explora outros sentimentos como o amor e a traição.

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