[Resenha] A voz do Arqueiro

Autora: Mia Sheridan
Páginas: 336
Editora: Arqueiro
Série: Signos do amor, 4
Cada livro da coleção Signos do Amor é inspirado nas características de um signo do Zodíaco. Baseado na mitologia de Sagitário, A voz do arqueiro é uma história sobre o poder transformador do amor.
Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar. Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde. Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda. Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.

A voz do Arqueiro foi um livro que eu solicitei sem nem ler a sinopse. Quando eu vi que era inspirando no zodíaco, fiquei extremamente curiosa para ler. E bem, por não ter lido sobre a trama, estava esperando algo voltado para esse lado, mas o livro tem um romance onde o personagem é e tem características desse signo apenas. Foi uma decepção, pois esperava algo mais fantasioso mas, ao mesmo tempo, o romance e o enredo foram tão incríveis que não dei bola para essa parte. Foi uma surpresa boa e bem-vinda.

A voz do Arqueiro é na verdade o quarto volume da série Signos do amor, mas pelo que eu vi, não tem problema ter iniciado fora de ordem. No início da leitura nos deparamos com uma pequena história sobre o centauro Quíron, e em como ele virou uma constelação. Foi uma ótima forma de introduzir o leitor à narrativa. O signo sagitário tem características bem marcantes, mesmo eu que não sou tão ligada nisso percebi, mas o que realmente encanta o leitor é o enredo dramático e emocionante.

Archer perdeu os pais e o tio em um terrível acidente, precisou então morar com outro tio, que não era visto como alguém muito certo. Esse acidente o marcou de forma horrorosa, sem poder mais falar, Archer isolou-se de todos, se tornando alguém fechado e solitário. Até que surge na cidade Bree, alguém também com um passado cruel e que precisa curar suas feridas.

Ele sorriu. Ainda não estava acostumada com os sorrisos dele e aquele em especial fez meu coração acelerar mais um pouco. Eram como um presente que ele distribuía de forma parcimoniosa. Eu o recolhi e guardei em algum lugar dentro de mim.

A história de Archer e Bree é simplesmente linda, ela se comunica com ele pela língua dos sinais, seu pai era surdo, e é encantador ver o quanto esse pequeno gesto muda a vida dos dois. Archer agora tem motivos para sorrir, conhece o mundo com outros olhos e descobre o amor.

Eu amei Archer, ele é um personagem muito cativante com aquele jeitinho inocente, eu só não gostei quando Bree tentava tirá-lo de sua zona de conforto para se tornar alguém diferente. Acho que como Archer viveu sempre solitário e sem se comunicar com ninguém, ela não deveria o ter colocado em situações constrangedoras e fora do usual. Mas, tirando isso, achei o casal muito fofo. O drama pessoal de cada um os fez entender melhor o comportamento um do outro e a saber dividir a dor que cada um carrega.

A leitura é muito fluida, pois a autora criou um personagem totalmente apaixonante, suspirei em vários momentos e achei Archer muito fofo com sua falta de experiência. Estou ansiosa para os próximos da série, realmente adorei a obra, em nenhum momento senti a trama parada, foi envolvente do início ao fim. Recomendo!