[Resenha] Sedução no convento

Autor: Jacques Lagôa
Páginas: 168
Editora: Companhia Editora Nacional
Dois corpos cedem ao prazer, duas almas cedem ao amor.
Este livro narra a trajetória de Marcel, um homem bonito, atraente e cheio de vigor. Na França, ele descobre sua sexualidade ao lado de Collete, uma noviça do convento onde ele servia como empregado.
Marcel e Collete não deveriam ficar juntos, mas todas as dificuldades deste improvável romance são vencidas pela coragem que apenas a junventude pode dar aos amantes. Apaixonados e tomados pelo desejo, o casal não mede esforços para cultivar o amor que os une. A vida, no entanto, parece ter outros planos para os dois...

Sedução no convento foi o último livro que eu li em agosto. Ele entrou de última hora na pilha, e eu o escolhi por ser fininho, e porque a trama realmente me chamou a atenção com toda essa coisa de amor proibido. Porém, esperava algo mais profundo, mas me deparei com uma história crua, rápida e sem romance nenhum. A leitura me deixou muito dividida entre amar ou odiar, pois a narrativa do autor é bem superficial, apesar de ser feita em primeira pessoa e mostrar todos os sentimentos do personagem.

Marcel agora está velho, mas ele nos conta sua história desde o início. Seus pais morreram, e ele foi morar em um convento. Lá, mais jovem, ele conhece Collete, uma noviça que vai fazer os votos de castidade. É com ela que ele descobre sua sexualidade, os dois sentem uma profunda atração um pelo o outro, mas esse amor é impossível de acontecer. Alguns obstáculos separam esses dois jovens apaixonados, mas a história de Marcel não termina. Ele ainda tem muitas aventuras para contar.

Sedução no convento possui uma leitura rápida, mas que consegue nos aproximar do personagem. A trama não foca em um romance, e sim, na descoberta sexual. O autor narra cenas de sexo, e até mesmo faz o leitor enjoar de algumas palavras que são usadas constantemente. Marcel é um personagem interessante, mas que se acha muito. E fiquei meio decepcionada que ele não correu atrás tanto assim de Collete. Para quem parecia amar tanto a jovem, ele não se esforçou muito para ficar junto com ela.

O que eu sentia por Collete definitivamente não era só tesão. Eu estava experimentando o amor. E, rodeado por uma atmosfera mágica, me senti feliz e adormeci.

A parte boa do livro é que é uma leitura rápida, e Marcel consegue nos envolver no seu dilema. Mas, senti falta de um aprofundamento melhor do personagem e desenvolvimento da história. É o tipo de obra que não é ruim, mas ao mesmo tempo falta algo. Eu gostei da trama, acho que o autor cumpriu bem o papel de fazer do relato do personagem algo íntimo, mas realmente queria ter me envolvido mais com sua história. Eu não me importo com histórias eróticas, então não tive nenhum problema com essa parte.

O livro é tão curtinho e rápido de ler que acho que vale a pena a leitura. É bom sair da zona de conforto e do usual romantismo. E a edição da Companhia Editora Nacional está muito linda. Vários detalhes charmosos e as páginas são amareladas. Recomendo!