sábado, 26 de setembro de 2015

[Resenha] A mulher do viajante no tempo

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Autora: Audrey Niffenegger
Páginas: 453
Editora: Suma de Letras
"A Mulher do Viajante no Tempo" conta a história do casal Henry e Clare. Quando os dois se conhecem Henry tem 28 anos e Clare, 20. Ele é um moderno bibliotecário; ela, uma linda estudante de arte. Os dois se apaixonam, se casam e passam a perseguir os objetivos comuns à maioria dos casais: filhos, bons amigos, um trabalho gratificante. Mas o seu casamento nunca poderá ser normal. Henry sofre de um distúrbio genético raro e de tempos em tempos, seu relógio biológico dá uma guinada para frente ou para trás e ele então é capaz de viajar no tempo, levado a momentos emocionalmente importantes de sua vida tanto no passado quanto no futuro. Causados por acontecimentos estressantes, os deslocamentos são imprevisíveis e Henry é incapaz de controlá-los. A cada viagem, ele tem uma idade diferente e precisa se readaptar mais uma vez à própria vida. E Clare, para quem o tempo passa normalmente, tem de aprender a conviver com a ausência de Henry e com o caráter inusitado de sua relação. Neste livro, a autora mostra com muita sensibilidade, inteligência e bom humor que o verdadeiro amor é capaz de transpor todas as barreiras - inclusive a mais implacável de todas: o tempo.

Então, acho que tenho esse livro há pelo menos dois anos, e já tinha ouvido falar muito bem dele. Por que demorei tanto pra ler? Por um medo infundado de que eu não iria gostar do livro porque os outros gostaram. Mas, finalmente criei coragem para ler A mulher do viajante no tempo.

O começo pode ser um pouco confuso, pois a mesma estória é contada pelos dois protagonistas e pula de uma data a outra, normalmente no passado. Como o titulo dá a dica, o livro vai contar a estória de Henry, um viajante do tempo que conhece Clare em uma de suas viagens quando ela é só uma menininha, mas quando os dois se encontram anos mais tarde pela primeira vez, Henry não sabe quem é Clare, pois todas as vezes que se encontraram na infância dela ele era mais velho. “Confuso? Sim, certamente.” A estória intercala o presente de Henry com o presente Claire, mesmo que eles estejam em épocas diferentes.

“Quando eu era muito pequena, achava que você fosse um anjo; te fiz um monte de perguntas sobre Deus. Quando eu era adolescente, tentei te convencer a fazer amor comigo. Como nunca aceitava, me deixava ainda mais determinada a conseguir o que eu queria”

Apesar de ter gostado muito do livro, não consegui ler ele em uma sentada, como acontece quando eu gosto do enredo. Talvez pelo fato de ser uma estória triste, apesar de todo bom romance ser triste. Eu não consigo me imaginar na pele do Henry, sem controle pelo meu corpo e pelo meu destino durante as fatídicas viagens. Nem na pele da Claire, completamente apaixonada e angustiada de preocupação com Henry e sua segurança.

Ainda que eu tenha dito que gostei do livro, e gostei muito, quando paro para pensar, ainda sinto meus sentimentos confusos. Ao mesmo tempo que a obra trata de uma aventura e de um romance capaz de transpor todas as barreiras – como cita a sinopse – ainda sim é um livro essencialmente triste, e de muita expectativa. Pois já sabemos o que acontece no presente, que já foi citado anteriormente, mas ainda sim, a espera pelo desenrolar de cada situação, e um certo sentimento de impotência e angustia minha como leitora e apenas espectadora dos fatos me causou estranheza.

-Porque eu sempre tenho que esperar?

-Por que você tem um DNA perfeito e não está sendo jogada pelo tempo afora feito uma batata quente. Além do mais a paciência é uma virtude – Clare esmurra de leve o meu peito. - E você me conhece desde pequena, enquanto eu só te conheci aos 28 anos.

Sim, eu gosto de personagens bem construídos e que causem empatia, mas nem todo autor é talentoso desse jeito e certamente esse não é um livro para todos os estados de espirito.

Então pela primeira vez eu não vou indicar esse livro se você não sente que está na vibe para esse tipo de leitura, ao invés disso, vou dar uma dica que uso para as obras do autor Nicholas Sparks. Como já sei que os livros dele são sofridos demais pro meu gosto, eu espero o lançamento dos filmes, que eu adoro. Então você pode assistir o filme, que consegue dentro do possível ser bem fiel ao livro e ao invés de perder uma semana, dependendo da rapidez com que você costuma ler, vai perder aproximadamente duas horas.

8 comentários:

  1. Pela sinopse, eu percebi que não seria um livro que eu iria gostar da leitura.
    Vou seguir seu conselho e ver o filme mesmo.
    Beijos
    Balaio de Babados

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  2. Oi Ana, fiquei sem saber o que pensar sobre o livro. Achei sua resenha muito pessimista kkk. O título é intrigante e gosto da premissa, mas não sei se gosto do romance, pois prefiro a aventura de viajar no tempo e história parece tão dramática. Aff não sei. Só lendo pra saber. Bjs

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  3. Eu já assisti o filme e gostei bastante, mas confesso que acho que não leria o livro. Eu não gosto muito de livros "sofridos", então provavelmente não faria essa leitura.
    Ainda assim indico o filme, porque ficou ótimo, rs.
    Beijos!

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  4. Oi, Ana! Eu assisti ao filme sem saber que havia um livro e me apaixonei. Quando soube da descoberta dele, fiquei louca pela leitura e confesso que ainda quero muito ler. Bom saber que você teve sentimentos conflituosos sobre o livro, assim eu me preparo para a possibilidade de tanto amar quando odiar. haha
    Beijos!

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  5. Gostei muito da resenha, mas acho que este livro não faz o meu tipo, mas topo assistir ao filme. =D
    Obrigada pela dica! Adoro resenhas sinceras como esta.
    Beijos
    relicariodepapel.wordpress.com

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  6. Olá Ana, o enredo do livro parece ser bem legal, vou assistir o filme e quem sabe se gostar bastante dele eu não leia o livro também *-*

    Visite "Meu Mundo, Meu Estilo"

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  7. Oi, Ana.
    Estou com esse livro na estante faz tempos, mas nunca me interessei para ler. Sua resenha me deixou bem animada para ler e como assisti ao trailer, fiquei mais empolgada ainda hahaha como assim eu não sabia que esse livro foi adaptado?? Já quero <3

    Beijos
    http://www.breakingfree.blog.br/

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  8. Oie, tudo bom?
    Nunca li esse livro, mas tenho muita vontade de conhecer a história justamente por causa do filme que já assisti inúmeras vezes. A história parece meio confusa de ser explicada em um livro, mas é muito emocionante e não imagino nada parecido. É uma história de amor sofrida e até bonita. Realmente não é um livro para todas as vibes.
    Beijos,
    http://livrosyviagens.blogspot.com.br/

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