[Resenha] Não olhe para trás

Autora: S. B. Hayes
Páginas: 322
Editora: Bertrand Brasil
Desde a infância, Sinead é compelida a cumprir uma promessa a seu manipulador irmão Patrick: a de que sempre seguirá os passos dele. Quando ele desaparece misteriosamente, ela então se vê obrigada a procurá-lo. As dicas que Patrick parece deixar sobre o seu paradeiro levam-na à Casa Benedict, um lugar onde o tempo não tem sentido — onde um segundo parece durar uma eternidade.Lá, ela conhece James, que está em busca de respostas sobre o seu passado, e por quem se apaixona. Juntos, os dois descobrirão verdades terríveis que irão testá-los até o limite. Apesar de seu novo amor, Sinead permanece aflita por Patrick e acredita que ele, de alguma forma, seu irmão está por perto e a observa. E ela não conseguirá descansar até encontrá-lo.

Não sei se vocês lembram mas, no post de caixinha de correio em que eu mostrei Não olhe para trás falei que eu esperava não me decepcionar com a leitura assim como vi em algumas resenhas, e bem, realmente não me decepcionei tanto pelo que os outros não gostaram na obra, como o romance, e sim, pelo desfecho. A leitura começou de forma tão misteriosa, mas a autora foi deixando as coisas desandarem e me jogou um balde de água fria com o desenvolvimento da história, quando tudo estava sendo explicado fiquei muito desapontada. A história tinha tudo para ser excelente, mas não foi assim...

Sinead tem uma relação estranha com seu irmão, Patrick. Quando pequena prometeu sempre seguir seus passos, e isso literalmente acontece quando mais uma vez o irmão desaparece e deixa pistas enigmáticas para ela encontrá-lo. É nisso que se baseia a trama: descobrir o paradeiro de Patrick. E nesse meio tempo ter um romance com um garoto problemático, porque nem é tão importante assim encontrar o irmão, né? Aham. Realmente não me importei com o romance, mas Sinead mudou o foco várias vezes, o que pode irritar o leitor.

Os problemas de Patrick eram meus também. E o problema que minha mãe mencionou de forma recatada era uma mistura nociva de vício, depressão e frequentes tentativas de autodestruição. Eu estava acostumada a juntar os pedaços da vida despedaçada de Patrick.

Não consigo falar muito da história em si, mas tem uma casa assustadora que eu não colocaria meus pés por nada, muito menos por um irmão egocêntrico, egoísta, lunático e ciumento. Patrick sempre teve muito ciúme de Sinead com os pais, e a mãe deles sempre o defendeu e atribuiu isso por ele ser frágil. Sinceramente? A mãe era tão louca quanto o filho. E nem Sinead escapa, sempre resmungando e de olho no tempo, que segundo ela, é muito precioso.

A leitura inicia de uma forma muito surpreendente, fiquei muito empolgada com esse sumiço de Patrick e das pistas deixadas, além de ter um pouco da mitologia grega inserida no enredo. Achei realmente a trama incrível, mas as páginas finais foram me desanimando demais. Não foi uma leitura de todo ruim, mas também não é o tipo de leitura que recomendo sem medo, sabe? 

Senti muita raiva da mãe de Sinead, era um pouco absurdo os diálogos entre as duas, e me admirei dela acatar tudo o que a mãe falava. Os personagens não têm nada muito cativante, a maioria na verdade deixa o leitor muito irritado, rs. Minha primeira leitura da autora foi ruim, mas ainda quero ler outros livros dela. Não digo que foi uma perda total de tempo, porque a leitura é bem fluída, mas recomendo se você estiver sem nada para ler no momento.