sexta-feira, 3 de julho de 2015

[Resenha] O primeiro telefonema do céu

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Autor: Mitch Albom
Páginas: 288
Editora: Arqueiro
Como você se sentiria se um dia recebesse uma ligação de alguém que ama muito e que já se foi?
Numa sexta-feira comum, o telefone de Tess Rafferty toca. É sua mãe, Ruth, que morreu quatro anos antes. Em seguida, Jack Sellers e Katherine Yellin recebem ligações semelhantes, do filho e da irmã, também já falecidos. Nas semanas seguintes, outros habitantes de Coldwater afirmam que estão em contato direto com o além, e que seus interlocutores lhes pediram para espalhar a boa-nova ao maior número possível de pessoas. A mensagem é simples: o céu existe, e é um lugar onde todos são iguais. Em pouco tempo, correspondentes de diversos meios de comunicação aportam na cidade para transmitir os desdobramentos do fenômeno que pode ser o maior milagre da atualidade. Visitantes do país inteiro começam a surgir, as vendas de telefone disparam e as igrejas se enchem de fiéis. Apenas uma pessoa desconfia da história: Sully Harding, ex-piloto das Forças Armadas. Após quase morrer num desastre aéreo, perder a mulher e cumprir pena por um crime que não cometeu, ele não acredita num mundo melhor, muito menos após a morte. E quando seu filho pequeno começa a esperar uma ligação da mãe morta, ele decide provar que estão todos sendo enganados.

Antes de começar essa resenha preciso dizer que o autor em questão está na minha lista pessoal dos melhores, e após essa quarta experiência com o Mitch Albom e seu mais recente livro, O Primeiro Telefonema do Céu, minha opinião permanece a mesma. Mitch Albom é um dos meus queridnhos, então não me culpem se eu não for imparcial.

Esse livro vai contar sobre uma situação incomum que começa a acontecer na pequena cidade de Coldwater, alguns moradores sem nenhuma conexão aparente começam a receber ligações de parentes mortos e rapidamente a situação atrai jornalistas, visitantes e peregrinos que lotam a cidade. Então o livro vai narrar a experiência de cada um dos sortudos, ou não, que recebem essas ligações, além das pessoas envolvidas e afetadas indiretamente por esses telefonemas misteriosos. Como Sully, por exemplo, que ficou viúvo há pouco tempo e tem que criar seu filho pequeno, sofrendo enquanto o pequeno espera que sua mãe também ligue.

“Tinha falado em ter mais filhos, no entanto, ali estava ele, um pai viuvo de filho único que tinha acabado de aceitar um emprego que não queria. Saiu do Gazette, acendeu um cigarro, entrou no carro e acelereu rumo à loja de bebidas. Antes, quando Giselle estava viva, ele pensava no futuro. Agora, só pensava no passado.”

Ou Tess, que parou de ir trabalhar depois de começar a receber as ligações da mãe que morreu com alzheimer, na esperança de não perder nenhuma chamada. E todos os moradores acabam tendo sua vida afetada em algum grau.

Uma dos aspectos que eu mais gosto no autor é sua capacidade de me fazer pensar a respeito da minha própria vida. Lá pelo meio do livro, me dei conta de que a minha mãe merecia mais abraços e declarações do meu amor do que eu estava dedicando a ela. E essa característica de me fazer valorizar as dádivas da minha vida eu encontrei em todos os livros dele.

“ – Deus quer que as pessoas aprendam...
– Aprendam o que?
– A não ter medo... Pai, eu tinha tanto medo quando estava na guerra... Todos os dias eu temia pela minha vida, tinha medo de perdê-la... Mas agora eu sei.
– Sabe o que?
– Que é o medo que nos faz perder a vida... um pouco de cada vez... O que damos ao medo, retiramos... da fé.”

Mas apesar de seguir na mesma linha dos outros livros, esse em particular conta com um pouco de suspense policial, o que não diminui o mérito e o talento de Mitch Albom, pelo contrário, só demonstra a capacidade criativa do autor. Então, acho que não preciso dizer mais nada, minha recomendação final é, leiam Mitch Albom, perdoem vocês mesmos, amem o próximo e sejam felizes.

3 comentários:

  1. Oi Ana..
    Já eu não li nada do autor. Ele parece fazer manifestar coisas boas nas pessoas, pelas suas palavras descritas na resenha. Adoro isso em um autor. Fiquei bem curiosa agora.
    Já tinha visto outros elogios quanto a obra e adorei ver sua resenha. Quero ler sem dúvidas.

    livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br

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  2. Essa capacidade do autor de te fazer pensar sobre a própria vida e valorizar as dádivas dela já me ganhou. Além disso, adorei a premissa do livro, das pessoas começarem a receber ligações de gente que já morreu. Nunca li nada do autor, mas esse livro com certeza eu leria.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  3. Olaa
    O livro parece ser bem legal apesar de não ser um gênero que curto muito, mesmo assim, espero poder ter oportunidade de ler em breve.

    Beijos
    Reality of Books

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