[Resenha] O mago de Camelot

 Autor: Marcelo Hipólito
De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável, invejado e temido, Merlin, é levado a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot. Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago.Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade.A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e a guerra em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.

Estava ansiosa para ler este livro, pois nunca li muito sobre a história do Rei Arthur, fiquei muito feliz com a oportunidade, ainda mais por se tratar de um autor brasileiro, então, a expectativa foi maior ainda. O mago de Camelot é curtinho, apenas 151 páginas, mas o autor consegue nos transportar a uma época com guerras, traições, mortes e magia de uma forma espetacularmente notável. E pelo que percebi do pouco que li deste assunto, o Rei Artur possui vários livros com variações e narrativas próprias de cada autor, né? Claro que as mudanças não são drásticas, mas percebi algumas diferenças, até mesmo de tempo. Enquanto em O único e eterno rei Merlin é um velho quando conhece Artur, neste livro ele é jovem. Simplesmente adorei a história que o autor criou sobre a infância e juventude de Merlin, e também o que o levou a virar mago.

Constantino, rei da Brtiânia, possui dois filhos: Aurelius e Uther. Os três são avisados por um druida da invasão dos saxões, mas que apenas os filhos podem ir lutar. Nessa época o que um druida dizia era levado a sério. Por isso, o rei acatou a mensagem que ele deu, mandando assim apenas Uther e Aurelius. Lá chegando, os dois perceberam que foram enganados pelo druida, mas, este explicou que em sua visão os dois não poderiam estar perto de Constantino quando seu conselheiro, Vortigern, o traísse. Tal traição se deu pela ambição em tomar o lugar do Rei, é então que ele é conhecido como o Usurpador, e os dois irmãos procuram uma forma de vingar-se.

Montamos um cerco até aquele porco saxão padecer de fome, obrigando-o a comer os próprios piolhos  

Enquanto isso, após Merlin e seu irmão serem flagrados afanando os bolsos de um druida, são colocados em uma masmorra escura e suja, contando apenas com a sorte de viver mais um dia. Depois de muito tempo, um druida chamado Blaise os tira dessa masmorra levando-os para o Usurpador, a fim de fazer um sacrífico que irá fortificar suas torres. Porém, ao tentar matar Merlin, a adaga voa de sua mão e atinge Nennius. Blaise percebe que a Natureza tem um significado para isso, e lê nas entranhas do irmão o que o futuro reserva tanto para Merlin quanto para o reino. Merlin acaba virando aprendiz de Blaise, e promete aprender tudo que ele tem para lhe ensinar e então matá-lo. Ele cresce, se torna poderoso e temido, e após matar um Sacerdote dos saxões tem uma visão do futuro. Com muita enganação e magia, consegue colocar as mãos no filho de Uther, o príncipe Artur, aquele que irá mudar tudo. Tirando-o de perto de toda maldade de seu pai, o deixa com uma família, prometendo buscá-lo quando completar 7 anos.

Nem druida, nem monge. Agora, chamava a si mesmo de mago. 

A premissa é essa, Merlin treinar Artur para tomar o lugar de seu pai, além de todas as guerras e disputas por governar Britânia. Claro que há mais reviravoltas. O mago, por exemplo, precisa enfrentar os poderes de Morgana, meia-irmã de Artur que pretende vingar-se (quanta vingança em um livro só!) por destruir sua família para satisfazer seus planos ambiciosos.

No inicio me confundi com tantos personagens, alguns apareciam rapidamente e depois só mais adiante, então foi difícil gravar os nomes, mas nada que atrapalhasse o ritmo da leitura.

Achei a narrativa do autor maravilhosa. E apesar de ser curto, parece que li tanta história, sabe? Como se tivesse lido um livro de 800 páginas, rs. Por isso que adorei  O mago de Camelot e o recomendo para todos.