[Resenha] O ladrão mágico

Autora: Sarah Prineas

Conn deveria ter caído morto no dia em que roubou a locus magicalicus do bolso do mago Nevery, uma pedra mágica usada para feitiços e encantamentos. Mas por algum motivo isso não aconteceu. Surpreso e intrigado, Nevery aceita Conn como seu aprendiz, com a condição de que o menino encontre sua própria pedra locus em um mês. Ainda que o garoto pareça não ter nenhuma habilidade além de abrir fechaduras, Nevery tem certeza de que Conn tem algo de especial.
A cidade de Wellmet está em perigo, pois seu nível de magia está muito baixo. Conn e Nevery se empenham para descobrir quem ou o que está sugando a magia da cidade. Entre lições como aprendiz e a busca por pistas, o tempo do garoto está acabando e ele precisa encontrar sua pedra para poder se tornar um mago de verdade.

Este é o primeiro livro da série O ladrão mágico, e simplesmente amei. Logo que li a sinopse pensei em Septimus Heap e As aventuras do caça feitiço, pois são livros bem parecidos: criança, mago, aprendiz, enfim... Foi por isso que escolhi este livro do catálogo da Prumo, ADORO esse tipo de história. Logo que o recebi me assustei com o tamanho, são mais de 400 páginas, mas quando abri, vi que a letra era bem grande e os capítulos pequenos, então a leitura fluiu maravilhosamente bem. <3

Connwaer é um menino de mão leve que vive na rua e sobrevive batendo carteiras. Certo dia furta a locus magicalicus de um bruxo, Nevery, que fica intrigado ao perceber que a pedra não matou o garoto. Com certa curiosidade a respeito dele, resolve o transformar em seu aprendiz. Conn só pode virar aprendiz do bruxo perante o Magistrado se encontrar sua própria locus magicalicus, acontece que não é uma tarefa fácil e ele tem apenas 30 dias para achá-la.

Os dois possuem uma relação estranha e até engraçada. O menino é muito tagarela e o velho muito rabugento. Nevery ainda contrata Benet para ser seu guarda costa. Um homem grande, forte e quieto, que assusta um pouco Conn. Não podiam ter pessoas mais improváveis para dividir um teto. Os três se mudam para Wellmet, de onde o bruxo foi exilado, pois o Magistrado precisa da ajuda de Nevery para descobrir porque a magia está decaindo na cidade.

A premissa do livro é basicamente essa, e achei-a surpreendente. Acompanhamos as aventuras de Conn que nos diverte com seu jeito simplório e sincero. Não tem vergonha de ser um ladrãozinho, que nem o chamam, e preserva muito sua relação com Nevery. O que mais gostei no livro, é que além dele ser narrado em primeira pessoa por Conn, há também páginas como se fosse um diário onde Nevery conta seu ponto de vista e o que sente em relação aos acontecimentos à sua volta.

Há outros personagens envolvidos na trama, achei todos bem construídos e até os vilões conseguem ser fascinantes. Adorei principalmente Benet, mostra-se durão e desgostoso com a presença do garoto, mas com o tempo vimos que é um bom homem.

Leitura rápida e gostosa de ler, e a trama pode não ser das mais maduras, mas não tem como não se deliciar com a história que Sarah criou. Eu que sou louca por um bom infanto-juvenil, AMEI.

O problema é que sou um bom ladrão, eu e minhas mãos velozes. Mas seria um aprendiz de bruxo ainda melhor.

As ilustrações estão maravilhosas, a editora fez um ótimo trabalho na parte de design do livro.