domingo, 28 de abril de 2019

[Resenha] Southernmost

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Autor: Silas House
Páginas: 304
Editora: Tag Inéditos / Faro Editorial
Até onde seu amor pode ir? Após uma enchente que leva consigo a maior parte de uma cidadezinha do sul dos Estados Unidos, o pastor Asher Sharp oferece seu telhado a um casal homossexual. As respostas ao ato de solidariedade, entretanto mudam sua visão de vida - e o que vem depois pode fazê-lo colocar tudo a perder: sua esposa, presa no preconceito religioso; sua congregação, que o expulsa apos um sermão sobre tolerância; e seu filho, Justin, preso no meio de uma batalha por sua custódia. Em uma jornada que atravessa o país, Silas House nos conduz a uma bela reflexão sobre o amor, coragem e sobre as consequência de nossos atos.





Southernmost, de Silas House, é o livro de setembro da Tag Inéditos, e foi lançado há pouco tempo com a edição da Faro Editorial com o nome de: Rumo ao Sul. Então, quem não assina a caixinha tem a oportunidade de conhecer essa história incrível. Pela sinopse eu confesso que não estava esperando nada muito extraordinário, mas acabei me surpreendendo, e emocionando, bastante. A escrita do autor é muito fluída e leve, de forma delicada ele vai nos apresentando uma narrativa sobre aceitação e amor. 

Asher é um pastor de uma pequena cidade nos Estados Unidos. Ele é casado com uma mulher que veio de uma família religiosa, tem um filho adorável e uma sogra que é como uma mãe. Porém, após mais uma das terríveis enchentes que assolam a cidade, ele se vê questionando toda sua trajetória pessoal e religiosa. Quando sua esposa é contra ele ajudar um casal homossexual é a gota d'água. Seus conflitos internos acabam fazendo o pastor ser expulso da congregação, seu casamento acaba e ele não pode estar presente na vida do filho o quanto gostaria.

Percebemos durante a leitura que os questionamentos de Asher já estavam lá, muito antes da enchente. Ele então passa a aceitar que sua visão estava errada. Todos merecem ser amados. Todos merecem entrar na casa de Deus, caso queiram. E sua maior culpa foi não ter ficado ao lado de seu irmão quando o mesmo se assumiu. Asher em um momento de desespero acaba fazendo algo sem volta, e que trará consequências irreparáveis.


O autor nos apresenta um personagem cheio de defeitos, que mesmo depois de ter suas crenças derrubadas, e uma nova visão sobre a vida, continua se mostrando imperfeito ao tomar algumas decisões erradas. Mas, no fundo, vemos o quanto ele é um homem bondoso e um pai que ama o filho, acima de tudo. Um pai que não quer que o filho sofra por ser uma criança delicada e sensível. 

Eu me emocionei muito com essa história. Apesar de não concordar com as ações de Asher, eu não conseguia culpá-lo por as ter tomado. Me senti revoltada por tantas pessoas que sempre o conheceram e admiravam-no terem virado as costas pelo simples fato de ele ter uma opinião contrária às crenças deles. E não é uma opinião terrível, é algo simples como aceitar o próximo. Sobre compaixão, tolerância e amor. 

Southernmost é um livro reflexivo e muito envolvente. Terminei a leitura com uma sensação estranha. Essa edição está muito bonita, mas a capa que a Faro Editorial fez também está muito atrativa. Recomendo a leitura!

11 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Não sabia da existência desse livro ainda e, realmente, pela sinopse ele não chama muito a atenção, mas depois de ler tua resenha fiquei bem curiosa para conhecer essa história. Adorei a dica!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  2. Oii, tudo bem?

    Nem comecei o livro e já tenho antipatia da esposa do pastor. A história parece ser bem forte e emocionante. Com certeza vou querer conferir essa história. Obrigada por compartilhar!!

    Beijinhos!!

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  3. Oiii

    Não conhecia esse livro, achei a premissa toda bem bacana, com certeza faz o leitor refletir bastante e tem tudo para conduzir à um desfecho emotivo. Boa dica.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  4. Olá, tudo bem?

    Primeiro, que legal que existem duas edições desse livro, deve ser bem legal ter uma capa especial só para um seleto grupo.
    Segundo, esse livro não me parece ser um que eu leria, mas não posso deixar de dizer que ele ainda assim parece ser bom. ótimas considerações.

    Beijos,
    Blog Diversamente

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  5. Oi, tudo bem?
    Confesso que não conhecia esse livro ainda. Não é muito meu estilo de leitura, por isso não sei se eu daria uma chance. Porém, fico feliz que você tenha sido surpreendida positivamente e gostado da leitura, e até mesmo se emocionado. É muito bom quando nos deparamos com um livro tão tocante.
    Adorei a resenha e, talvez, futuramente eu decida dar uma chance para essa leitura também.
    Beijos!

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  6. Eu não assino a caixinha, mas lembro que fiquei com vontade de ter essa no mês do lançamento
    Não sabia que a Faro tinha publicado e agora fiquei animada. Deve ter sido uma experiência de leitura incrível e bem reflexiva. <3

    Sai da Minha Lente

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  7. Pela capa eu não me interessaria por esse livro e , talvez nem pela sinopse. Mas lendo a sua resenha eu me interessei bastante em saber qual seria o desfecho disso tudo e já confesso que fiquei revoltada com a familia dele , como assim mano? Bate aquela coisa aqui no coração, os cristão são ensinados a amar o próximo, então porque a atitude da familia dele?

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  8. Oi Andressa, li esse livro mês passado por só ver comentários positivos sobre ele, amei conferir sua opinião. É chocante como algumas pessoas viram as costas para o Asher por ele ter uma visão diferente e mais acolhedora que os outros membros da igreja, né?! Foi uma leitura que gostei muito.

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  9. Caramba a sua resenha realmente despertou em mim o interesse em ver onde tudo dará. Um pastor que quer ajudar duas pessoas (homossexual ou não, isso é o de mesmos) ele exerceu seu verdadeiro papel de acolher, compreender e ajudar e foi rejeitado, odeio essas coisas, hipocrisia pura. Mesmo Asher sendo imperfeito, como você colocou, quero sim conhecer essa trama e estar ao lado dele, mesmo que descorde dele em algumas decisões, como aconteceu com você.

    Bjossss
    Tânia Bueno

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  10. Olá, como vai? Eu achei a capa do livro muito bonita e gostei de ver sua opinião sobre ele, parece mesmo ser uma obra emocionante e fiquei curiosa para a leitura. Eu ainda não assinei nenhuma caixinha, mas tenho a maior vontade de assinar a Tag

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  11. Já conhecia esse livro de resenhas em blog e achei a proposta fascinante, acho que o questionamento é necessário em certo momento da vida quando nossas escolhas levam a um caminho de ódio e segregação. A obra está em minha meta de leitura.

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