sábado, 15 de setembro de 2018

[Resenha] Estilhaça-me

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Autora: Tahereh Mafi
Páginas: 304
Editora: Universo dos Livros
Série: Estilhaça-me, 1
Um toque é o bastante. Com apenas um toque, Juliette Ferrars é capaz de fazer um homem adulto se ajoelhar de dor e implorar por misericórdia. Um único toque de Juliette pode matar. Ninguém sabe por que a garota tem um poder tão impressionante, o qual ela acredita ser uma maldição, um fardo que uma pessoa sozinha seria incapaz de carregar. Contudo, o Restabelecimento enxerga essa característica como um dom e passa a vê-la como uma oportunidade – uma oportunidade de usá-la como arma letal. Porém, Juliette tem seus próprios planos.




Estilhaça-me é o primeiro volume da série de mesmo nome, escrita por Tahereh Mafi, e republicada pela Universo dos livros. Eu li esse livro quando tinha sido lançado pela Novo Conceito, mas acabei não dando continuidade - por nenhuma razão em especial mesmo -, apesar da vontade de ler os próximos livros. Esse ano eu tive a oportunidade de reler esta obra, que agora eu pretendo continuar sem me demorar muito. A editora lançou o quarto livro, inédito aqui no Brasil, e pretende relançar todos os livros anteriores. Normalmente eu não gosto de reler livros, mas neste caso eu achei necessário para dar continuidade na leitura da série. 

A trama é uma distopia, um gênero que eu simplesmente adoro, mas que ultimamente não tenho lido tantos livros assim. Estilhaça-me tem todos os elementos que eu gosto em uma história do gênero, e fazer essa releitura só me fez gostar ainda mais do enredo. A narrativa é feita em primeira pessoa, o que permite ao leitor estar realmente dentro da mente da personagem principal, que em um primeiro momento é totalmente confusa e deprimente. 

Juliette está presa há vários meses em um hospital psiquiátrico, que na verdade mais parece uma prisão. Ninguém nunca vai falar com ela, e a garota fica em um limbo eterno, tentando manter sua sanidade e conviver com a morte que provocou por conta de um acidente. Juliette provoca dor em qualquer um que toque. Quanto mais longo seu toque, mais fácil de provocar dor até matar a pessoa. Essa é uma maldição que ela precisa conviver desde criança. Seus pais a acham um monstro e a abandonaram. Mas, o pior de tudo é não saber como está o mundo lá fora.


Sua vida toma um novo rumo quando recebe um colega de cela: um jovem forte, cheio de tatuagens e que parece não ter medo de encostar nela, o que acaba deixando Juliette ainda mais ansiosa, pois ela não pode mais machucar ninguém. Ao mesmo tempo, conforme ela vai conhecendo Adam, mesmo que quase não conversem, ela percebe que o que mais queria era poder ser tocada. Poder ser amada. Quando Adam é retirado de sua cela, ela teme por sua segurança. Algo está para acontecer. Ela é requisitada por Warner, um soldado do Restabelecimento, que vê em Juliette uma arma mortal para seus planos. Ela não pretende ajudá-lo, mas para manter ela e Adam vivos, ela acaba cedendo a pressão de Warner. 

O Restabelecimento tinha a promessa de fazer um mundo melhor para se viver, porém, aos poucos Juliette vai descobrindo que há guerras, fome, doenças e mortes por todo o mundo. Tudo está morto, até mesmo a natureza. Ela fica abismada com o que encontra, bem diferente do que conhecia antes.

A história tem um ritmo frenético, quando você menos espera já está no meio de uma reviravolta intensa e perigosa. O ritmo da narrativa não é em nenhum momento lento, e até mesmo seu relacionamento com os outros personagens vai tomando forma. Para o primeiro livro de uma série, esse não tem nem um pouco uma introdução lenta do enredo. Somos rapidamente apresentados aos fatos. No entanto, chegamos ao final ainda com algumas dúvidas, e com a promessa de que algo ainda maior irá acontecer.

Os personagens são todos muito bem desenvolvidos, e ficamos com muito curiosidade de saber mais sobre Warner e Adam. Os dois são tão opostos um do outro, mas mostram que possuem seus próprios ideais. Apesar de a trama apresentar um triângulo amoroso, eu não consegui ver dessa forma. Warner é um homem cruel e louco, eu não consigo acreditar que ele realmente sinta algo por Juliette. Sua fascinação é muito mais pelo que ela pode fazer. Então, sim, eu sou #teamAdam, sorry. hahaha

A ambientação dessa distopia é muito fácil de imaginar. Eu adoro cenários apocalípticos e tudo mais. A trama é realmente muito envolvente, e toda essa coisa de ter um poder é muito interessante. Eu gostei muito da leitura, ela é fluída, e a autora soube envolver o leitor de forma incrível. Os próximos livros prometem ser ainda mais empolgantes, e mal posso esperar.

Eu amei essa capa, a edição em si está muito bonita, e agradável para a leitura. Recomendo!

2 comentários:

  1. Essas novas capas da Universo são um espetáculo!
    Já pensei em ler essa série, mas sinto que falta algo para conquistar.

    Beijos

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  2. Olá Andressa, não sabia que essa série esta sendo republicada, tenho bastante curiosidade de lê-la e pelos seus comentários o enredo parece estar bem bacana, adoro quando a leitura possui esse ritmo mais rápido durante todo o livro *-*

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