sábado, 18 de agosto de 2018

[Resenha] Se não houver amanhã

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Autora: Jennifer L. Armentrout
Páginas: 384
Editora: Universo dos Livros
Lena Wise está sempre ansiosa pelo dia seguinte, especialmente porque está começando o último ano da escola. Ela está decidida a passar o máximo de tempo possível com os amigos, completar as inscrições da faculdade e talvez informar seu melhor amigo de infância, Sebastian, sobre o que realmente sente por ele. Para Lena, o próximo ano vai ser épico — um ano de oportunidades e conveniências.
Até que uma escolha, um instante… destrói tudo.
Agora Lena não está ansiosa pelo dia seguinte. Não quando o tempo que dedica aos amigos pode nunca mais ser o mesmo. Não quando as inscrições para a faculdade podem ser qualquer coisa, menos viáveis. Não quando há o risco de Sebastian jamais perdoá-la pelo que aconteceu.
Pelo que ela permitiu que acontecesse.
À medida que sua culpa aumenta, Lena está ciente de que sua única esperança é superar o ocorrido. Mas como é possível seguir em frente quando a existência inteira, tanto dela quanto a de seus amigos, foi transformada?
Como seguir em frente quando o amanhã sequer é garantido?

Se não houver amanhã é aquele tipo de leitura que te faz refletir sobre suas escolhas, e a pensar em tudo que você deseja fazer, pois nunca sabe como será o amanhã. Eu já conheço a escrita da autora, e já esperava uma história sensível e com uma boa dose de drama. E essa leitura é realmente emocionante, daquele tipo que te destrói aos pouquinhos, e que quando você menos espera, está te roubando algumas lágrimas. A trama tem alguns clichês que encontramos no gênero young adult, porém, ela é muito mais que um romance arrebatador ou o dia a dia na escola e dramas adolescentes. A autora toca em um assunto realmente importante para os jovens de hoje, e mostra as consequência de uma decisão impensada. 

Lena está começando o último ano, e apesar de toda a pressão para as inscrições das faculdades, e decidir o que quer fazer da vida, sua decisão é a de passar os melhores momentos com os amigos, principalmente seu melhor amigo - por quem nutre uma paixão secreta há muito tempo -, Sebastian. Lena decidiu que precisa falar o que sente por ele. Ainda que ele não sinta a mesma coisa por ela, Lena sabe que precisa pelo menos tentar. 

Um dia, Lena acaba interpretando mal as intenções do amigo, e acaba o beijando. Sebastian não retribuiu o beijo. Ela então decide se afastar de seu melhor amigo, pois percebe que ele não gostou muito do que aconteceu, provavelmente porque na verdade realmente não sente o mesmo por ela. No entanto, é difícil ficar longe de uma pessoa que mora ao lado de sua casa, e que faz questão de seguir a vida normalmente, como se nada tivesse acontecido; o que acaba sendo ainda mais devastador para Lena.


Após ser convidada para uma festa, ela decide tentar falar com Sebastian sobre o beijo. O garoto no entanto parece estar mais preocupado em dar atenção para a ex-namorada. Lena está frágil e acaba tomando algumas decisões não muito corretas. Um terrível acidente vai mudar a vida dela e de todos seus amigos. A culpa pelo que aconteceu a corrói, e isso a afasta ainda mais de Sebastian, pois sabe que se ele descobrir seu segredo nunca mais vai querer falar com ela.

Se não houver amanhã é um livro que consegue desenvolver um assunto importante de forma sensível e impactante. A personagem entra em uma espiral de dor, negação, culpa e depressão, e é impossível não se sentir angustiado com tudo isso. Sua escolha de afastar as pessoas é ainda mais esmagador, pois você simplesmente não quer que ela passe por tudo aquilo sozinha. 

Pensar no 'se não houver amanhã' é algo que nos faz refletir se estamos vivendo plenamente, seguindo nossos sonhos ou até mesmo sendo pessoas melhores do que fomos ontem. Porém, não podemos viver realmente com medo de que possa ser o último dia, esse é um receio que pode frustrar as suas escolhas, assim como aconteceu com Lena. Ao mesmo tempo a obra te faz pensar que precisamos sempre pensar em nossas escolhas de forma segura, para garantir um amanhã.

A leitura é extremamente fluída, e você consegue se apegar fácil aos personagens, até mesmo os secundários. Eu queria poder falar muito mais dessa obra, que me impactou profundamente, mas prefiro deixar vocês sem muitas informações, para também serem surpreendidos com essa história tão linda e delicada. O livro traz várias reflexões e mensagens diferentes, recomendo muito!

A capa é muito bonita, eu adorei esse aquarelado. A edição é bem simples, as folhas são um pouco finas demais, mas a fonte é de bom tamanho, e consegue proporcionar uma leitura agradável.

6 comentários:

  1. Aaaah... esse livro já está na minha lista, mas depois dessa resenha estou querendo ele pra ontem.
    Amo leituras desse tipo, e gostei de deixar esse suspense para que possamos nos surpreender com a leitura.

    Beijos

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  2. Realmente, a capa do livro é muito bonita e espero que quando tiver a oportunidade de ler, me apaixone pelos personagens. Quero saber mais sobre o segredo da personagem.

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  3. A capa merece ser emoldurada mesmo, inclusive amei a composição fotográfica da foto.
    Eu cheguei a passar por este livro e até a folhear, mas não imaginava que se tratava de uma história tão reflexiva. Dica anotada

    Sai da Minha Lente

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  4. Oie,
    Eu ainda não havia pensado em ler esse livro, mas depois de sua resenha, resolvi adicionar. Fiquei muito curiosa.
    Essa capa é muito linda mesmo.
    Beeeijoo!!!!

    Grazy Carneiro
    Meus Antídotos

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  5. Oii, tudo bem?
    Só a capa já me faz querer ler o livro, e eu amei a composição fotográfica que você fez.
    A história parece ser muito interessante, realmente adoro livros que fazem você refletir sobre várias coisas.
    Sua resenha me deixou muito empolgada com a leitura, já está na minha lista de desejados.

    Beijinhos!!

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  6. Olá tudo bem? Não conhecia o livro, mais adorei sua resenha e capa, adorei a cores que usaram, fiquei muito curiosa com os personagens, adoro estórias que nos causam o efeito que descreveu de apego, obrigada pela dica, beijos!

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