[Resenha] Os escravos

Autor: John Flanagan
Páginas: 360
Editora: Fundamento
Série: Brotherband, 4
Tranquilidade é uma palavra que não combina com a tripulação do navio Garça-Real. Depois de algum tempo fazendo apenas atividades de rotina, Hal e seus companheiros estão entediados e loucos por alguma agitação. E esse desejo é realizado: eles são chamados a Araluen, onde vão patrulhar a costa e proteger o reino de piratas e outros inimigos.
Inicialmente, a tarefa parece fácil, mas logo eles voltam à ação em grande estilo: alguns moradores de Araluen foram sequestrados para serem vendidos como escravos no infame mercado de Socorro. E o sequestrador é um velho conhecido do grupo: Tursgud, capitão do Nightwolf. Esse antigo rival e agora inimigo declarado de Hal está manchando a reputação dos escandinavos ao cometer diversos crimes. Por isso mesmo, não há ninguém melhor para perseguir o bandido do que os homens do Garça-Real. E desta vez eles terão uma ajuda mais que especial – a de Gilan, um dos lendários Arqueiros de Araluen, mestre no uso do arco e em se mover sem deixar rastros. Mas será que os jovens marujos são páreo para os comerciantes de escravos de Socorro, capazes de tudo para manter a prosperidade de seu negócio? E a união de forças muito diferentes será o bastante para o sucesso dessa arriscada missão?

1. Os exilados

2. Os inavasores

3. Os caçadores

Os escravos é o quarto volume de Brotherband, do autor John Flanagan. A Editora Fundamento é quem está publicando a série no Brasil, e se você ainda não conhece, pode tratar de conferir a resenha do primeiro livro aqui no blog. Os livros são cheios de aventura, amizade e alguns perigos. Quem já conhece a escrita do autor por conta da série Rangers, com certeza vai gostar ainda mais dessa, pois os personagens são extremamente cativantes. E, se por um acaso ainda não conhece nada do autor, está esperando o quê?!

Para quem já está mais por dentro desse universo criado pelo autor, algo muito esperado acontece nesse quarto volume: os brotherband conhecem um dos lendários Arqueiros de Araluen. Eu já sabia que as duas séries se passavam dentro do mesmo universo, mas ver as duas se cruzando dessa forma é ainda mais emocionante. Apesar de ter lido apenas os três primeiros livros de Rangers, eu gosto bastante da história criada pelo Flanagan, e pretendo finalizar a série. No momento, no entanto, estou apaixonada por Brotherband, e pretendo terminar todos os livros já lançados por aqui.

A série em geral tem uma trama que realmente prende o leitor, e mesmo sendo para o público juvenil, o desenvolvimento não deixa nada à desejar. Como eu falei na outra resenha, o autor não vai de um ponto ao outro de forma rápida, no meio do caminho há muitas aventuras e perigos, que deixam o objetivo principal em segundo plano, e que conseguem ser igualmente marcantes.

Depois de finalmente conseguir retornar para a terra natal, os garças acabam percebendo que sentem falta da movimentação e dos perigos. É então que eles são chamados a Araluen para proteger a costa de inimigos e piratas. Já no caminho eles se vêem em uma situação extremamente delicada ao saber que seu antigo rival, Tursgud, virou um criminoso após ser expulso de Escândia. Hal descobre que o seu grande inimigo sequestrou algumas pessoas para vender no mercado de escravos de Socorro. O garoto não pode deixar que ele manche a reputação dos escandinavos, assim, junto com Gilan - o arqueiro -, eles partem em busca do Nightwolf, o barco de Tursgud. 

As emoções são fortes, e vemos nossos meninos em vários perigos. Apesar de saber que agora eles estão muito mais experientes e maduros, é difícil não sentir medo por cada um deles. Thorn continua presente, e um leal companheiro. Hal se mostra cada vez mais um excelente líder, mas mostra em alguns momentos que é tão humano quanto qualquer outra pessoa, e deixa passar alguns detalhes que colocam o grupo em situações perigosas.

Os escravos mostra o quanto ter um grupo unido, que entende as necessidades uns dos outros, faz a diferença na hora de enfrentar situações de risco. Essa obra tem tantas aventuras quanto os livros anteriores. É incrível como o autor não consegue fazer um livro que não seja bom, como vemos em algumas séries - que sempre têm aquele volume que é meia boca -, até agora todos os livros conseguem envolver o leitor, e mostram uma história fácil de acompanhar e bastante fluída.

Estou com o quinto livro na estante, e já vai ser minha próxima leitura. As capas dessa série são muito atrativas, e a diagramação está muito bonita. Recomendo demais essa série!