[Resenha] O cara dos meus sonhos (ou quase)

Autora: Jenn Bennett
Páginas: 462
Editora: Plataforma21
E se você tivesse que atravessar o país para descobrir um grande amor?A cinéfila Bailey “Zibelina” Rydell troca mensagens com um nerd carismático igualmente apaixonado por filmes – Alex, seu crush virtual. Eles viviam separados por mais de mil quilômetros, até Bailey se mudar para a casa do pai na Califórnia – mais precisamente, para a mesma cidade de Alex.
Insegura e temendo que o Alex da vida real seja muito diferente de suas idealizações, Bailey não conta a ele que estão na mesma cidade. Ou que conseguiu um trabalho num museu “caça-turistas” local. Ou que ela está, pouco a pouco, sendo fisgada por um rapaz irritantemente atraente que trabalha no lugar – Porter Roth, cujo berço é uma lendária família de surfistas.
Só que a vida é muito mais complicada que qualquer filme, principalmente quando Bailey percebe a estreita fronteira entre ódio, amor ou seja lá o que estiver sentindo por Porter. Além disso, descobrir a verdadeira identidade de Alex mostra-se uma tarefa mais difícil do que ela imaginava.
Assim, conforme o verão passa, Bailey precisa decidir se permanece apegada a suas projeções de um Alex que ela nem sabe se existe ou se arrisca uma relação com Porter. Afinal, o cara dos seus sonhos não pode ficar só no mundo virtual. Mas o que Bailey não sabe é que Porter também guarda um segredo…

O cara dos meus sonhos (ou quase), da Jenn Bennett, é meu primeiro contato com a escrita da autora. Jenn tem também publicado no Brasil, A anatomia de um coração, também da Plataforma21. Essa história é quase um filme de sessão da tarde de tão gostosinha e leve que é! Eu iniciei a leitura de forma despretensiosa e quando menos esperei já estava totalmente envolvida com o enredo e personagens.

Bailey e Alex não se conhecem pessoalmente, apenas na internet, por conta da paixão de ambos por filmes. Os dois possuem gostos parecidos e desde então mantêm contato por mensagens, conversando sobre assuntos diversos, e claro, sobre filmes! Eles moram longe um do outro, mas sempre rola aquela conversa de um dia se encontrar, quem sabe. Até que Bailey, por conta da separação dos pais e do relacionamento com a mãe, acaba indo morar com o pai, na mesma cidade de Alex.

Inicialmente Bailey não quer falar para Alex que está tão perto dele, pois tem medo de estragar o que os dois têm, e toda a visão que já tem dele. E se Alex for chato pessoalmente? Ou pior, ser for um velho que mente ter sua idade? Porém, com o passar dos dias Bailey acaba ficando muito curiosa para saber quem é Alex, e decide ela mesma procurá-lo sem ele saber, apenas com algumas informações que o garoto comentou em algumas conversas. Essa não será uma missão fácil, pois nenhum dos dois sabe o nome verdadeiro um do outro.

Alex, em certo momento acaba ficando em segundo plano quando o pai de Bailey decide que ela precisa trabalhar, e no museu ela conhece um garoto irritante e totalmente bonito que vai mexer com seus sentimentos: Porter Roth, um surfista que tem uma família famosa na cidade. O relacionamento dos dois é tipo cão e gato no início, e esse misto de emoções acaba a afastando de Alex, alguém que sempre a entendeu e que parecia ser o garoto certo.

A trama é previsível, porém, nem por isso deixa de ser envolvente. Os personagens são fofos e carismáticos, e no meio de um enredo tão leve e com clima bem de verão a autora também traz questões sobre problema com drogas e relacionamentos familiares. O que eu mais gostei nessa obra é a escrita da autora, que detalha bastante o ambiente nos fazendo imaginar cada cantinho que ela descreve. É como se eu estivesse junto com Bailey. 

Esse é um YA muito leve, divertido e apaixonante. Gostei muito da leitura, e quero conhecer outros livros da autora. Se você procura uma história despretensiosa e envolvente, O cara dos meus sonhos (ou quase) é a indicação certa. Além disso, ele possui várias referências de filmes, o que é bem legal!