segunda-feira, 20 de maio de 2019

[Resenha] Crianças do Éden

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Autor: Joey Graceffa
Páginas: 266
Editora: Galera Record
Série: Crianças do Éden, 1
Em uma Terra envenenada e morta pelo homem, onde todos os animais e a maioria das plantas foram destruídos, o Éden é o último refúgio para o que restou da raça humana. Mas as medidas de controle populacional garantem que a existência de Rowan seja ilegal. A garota não pode frequentar a escola, fazer amigos, ou mesmo ser vista em público. Cada dia em que continua viva é um risco para sua família.
Cansada de viver escondida, Rowan decide pular os muros que a escondem, e, embora descubra ser fácil permanecer invisível quando não se existe legalmente, a noite de aventura pode acabar em tragédia. Cabe a Rowan usar toda sua habilidade para sobreviver em um mundo que a renega.



Crianças do Éden é o primeiro volume da série de mesmo nome, livro de estreia do autor Joey Graceffa, e publicado pela Galera Record. Eu recebi essa obra de surpresa da editora, e no outro dia já tinha iniciado a leitura. Essa é uma distopia com alguns elementos de ficção científica, e possui um enredo bem desenvolvido e que traz um tema muito real: a morte do planeta Terra. Essa premissa me deixou muito empolgada pela leitura, e o que eu encontrei no decorrer da narrativa foi ainda mais fascinante. 

Devido a cobiça do homem o planeta teve uma falha no ecossistema, plantas foram destruídas e animais extintos. Um cientista já estava prevendo esse desastre, e com uma inteligência artificial criou um refúgio onde conseguiu salvar parte da população enquanto a Terra se recupera. A raça humana não corre risco de extinção, mas como os recursos são escassos, em Éden há um controle populacional: cada casal só pode ter um filho. Segundos filhos são capturados e mortos.

E é por isso que Rowan, uma segunda filha, precisa ver seu irmão gêmeo viver a vida fora de casa, enquanto ela precisa conhecer o mundo lá fora através de livros e o que sua família resolve lhe contar. A garota tem dezesseis anos e uma vontade enorme de conhecer outras pessoas e o mundo fora dos portões de casa, após alguns acontecimentos que lhe deixam mais corajosa, ela acaba fugindo.

Éramos os únicos animais com cérebros inteligentes e dedos ágeis o bastante para criar energia nuclear, para ferrar a Terra e envenenar os oceanos e espalhar resíduos tóxicos que destruiriam a atmosfera. Nós, seres humanos inteligentes que somos, alteramos o DNA das plantações para criar uma variação de soja aperfeiçoada que seria capaz de sobreviver a qualquer coisa e continuar alimentando o mundo – até nosso experimento provar-se tão forte e agressivo que tomou conta das florestas tropicais. Criamos e mantivemos seres vivos em cativeiro para mais tarde tornarem-se alimento, forçando-os a viver prisioneiros, caminhando sobre as próprias fezes. Nós os enchemos de antibióticos – e fizemos o mesmo com nossas crianças – e depois ficamos surpresos quando as bactérias sofreram mutações e se transformaram em superbactérias.

Rowan descobre que é bem fácil passar desapercebida, já que ela não existe legalmente. Porém, seu ato de coragem acaba colocando sua família, e ela mesma, em perigo. Ela precisa correr contra o tempo, e acaba conhecendo pessoas que estão dispostas a ajudá-la. Sozinha, ela vai perceber que Éden vai além das aparências, os governantes escondem algo. 

A trama não tem um minuto de pausa, a todo momento Rowan está escapando ou se ferindo, deixando a leitura eletrizante. As reviravoltas são surpreendentes, e o enredo vai chegando em um ponto que nada mais é explicado, vamos sabendo o que a personagem vai descobrindo, e pelo andar das coisas, é algo que pode mudar o rumo da vida de todos em Éden. Estou ansiosa demais pela continuação.

Esse é um livro repleto de tensão, e por conta disso eu li em poucas horas, pois não conseguia desgrudar da leitura. Eu gostei bastante dessa distopia e de toda parte tecnológica. Rowan é uma personagem que vai mostrando sua força e coragem com o tempo. Há um pequeno triângulo amoroso na história, mas nada que tire o foco do resto. Recomendo a leitura!

5 comentários:

  1. Olá!

    Gosto de livros assim, que tem bastante ação, juntando com uma narrativa instigante, prende o leitor até o final da leitura.
    Faz bastante tempo que não leio uma boa distopia, sua resenha aguçou minha curiosidade para esse mundo em que as pessoas podem apenas ter um filho, pelo visto a protagonista irá ter grandes aventuras!

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  2. Oi, Andressa! Faz tempo que não leio uma distopia, e ainda mais assim, tão eletrizante! Gostei da sua dica, espero não me decepcionar com a leitura!
    bjs
    Lucy - Por essas páginas

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  3. Queria taaaanto ter recebido essa obra hahaha eu raramente leio distopia mas é uma delicinha quando a história é eletrizante assim e não cai o ritmo em momento algum, né? Vou aguardar por uma promoção e tentar adquirir o quanto antes, obrigada pela dica.

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  4. Oi, que bom saber que curtiu a leitura, eu achei a premissa super interessante, com isso de o planeta sofrer as consequências das ações humanas e termos a questão dos segundos filhos. Gosto de tramas com esse ritmo intenso.

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  5. Curto demais distopias, então esse livro já está na minha lista de desejados, pois fiquei demasiadamente curioso com essa história que desejo saber na íntegra. Excelente dica.

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