quarta-feira, 11 de setembro de 2019

[Resenha] Vilão

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Autora: V. E. Schwab
Páginas: 364
Editora: Record
Duologia: Villains, 1
Victor e Eli, dois jovens brilhantes, arrogantes e solitários, se conheceram na Universidade de Merit e logo se deram bem, identificando um no outro a mesma sagacidade e a mesma ambição. No último ano da faculdade, o interesse em comum numa pesquisa sobre adrenalina, experiências de quase morte e poderes sobrenaturais lhes oferece uma possibilidade antes inimaginável: de que uma pessoa, sob as condições certas, seja capaz de desenvolver habilidades extraordinárias. No entanto, quando colocam em prática essa teoria, as coisas dão muito errado.
Dez anos depois, Victor foge da prisão, determinado a encontrar seu antigo amigo ― agora inimigo. Para localizá-lo, ele conta com a ajuda de uma garotinha, Sydney, cuja natureza reservada esconde uma habilidade sem igual, mas extremamente perigosa. Enquanto isso, há dez anos Eli tem uma única missão: erradicar todas as pessoas ExtraOrdinárias que encontra ― exceto sua ajudante, Serena, uma mulher enigmática e persuasiva, capaz de impor sua vontade a qualquer um.
Armado com poderes terríveis e movido pela lembrança da traição e da perda, Victor caça seu arqui-inimigo em busca de vingança e de um embate no qual sabe que um dos dois deve morrer.

Vilão, da V. E. Schwab, foi um dos melhores livros que eu li esse ano. Eu já gostava muito da escrita da autora, desde A melodia feroz, mas esse lançamento tem tudo o que eu gosto em uma leitura: fantasia, ficção científica, suspense e personagens nada perfeitos. O mais incrível dessa história é que não há um lado bom ou ruim, tudo depende do ponto de vista, e a autora explora bem isso ao nos apresentar dois personagens tão imperfeitos, cativantes à seu modo, e que são mais parecidos do que imaginavam.

Eli e Victor se conheceram na faculdade, e após uma pesquisa que iria mudar tudo na vida de ambos, seus caminhos são separados. Porém, anos depois Victor consegue escapar da prisão, e sua maior ambição é encontrar Eli, alguém que agora é um inimigo.

"Alguém poderia muito bem se dizer um herói e mesmo assim sair por aí matando dezenas de pessoas. Outro poderia ser rotulado de vilão por tentar impedi-lo. Muitos humanos eram monstros, e muitos monstros sabiam fingir humanidade."

A autora nos mostra que fanatismo exagerado deixa as pessoas cegas, e percebemos que a convicção de Eli é extrema, a ponto de ele não se preocupar em machucar outras pessoas. Ao mesmo tempo, o desejo de vingança de Victor o deixa quase que no mesmo patamar do antigo amigo. Afinal, qual dos dois é o vilão da história?


A narrativa intercala entre presente e passado, e é algo muito importante para a história saber como Victor e Eli se conheceram e as consequências da pesquisa que eles fizeram juntos, e que não esperavam dar certo.           

Essa foi uma leitura de tirar o fôlego, não consegui largar o livro por um minuto. A escrita da autora é muito envolvente, e todos os personagens, mesmo os secundários, são cativantes. Estou ansiosa pela continuação.

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