domingo, 6 de outubro de 2019

[Resenha] Uma mulher na escuridão

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Autor: Charlie Donlea
Páginas: 304
Editora: Faro Editorial
Ao limpar o escritório de seu pai, falecido há uma semana, a investigadora forense Rory encontra pistas e documentos ocultados da justiça que a fazem mergulhar num caso sem solução ocorrido 40 anos atrás. No verão de 1979, cinco mulheres de Chicago desapareceram. O predador, apelidado de Ladrão, não deixou nenhum corpo ou pista — até que a polícia recebeu um pacote enviado por uma mulher misteriosa chamada Angela Mitchell, cujas habilidades não-ortodoxas de investigação levaram à sua identidade. Mas antes que a polícia pudesse interrogá-la, Angela desapareceu. Agora, Rory descobre que o Ladrão está prestes ser posto em liberdade condicional pelo assassinato de Angela: o único crime pelo qual foi possível prendê-lo. Sendo um ex-cliente de seu pai, Rory reluta em representar o assassino, que continua afirmando não ser o assassino de Angela. Agora o acusado deseja que Rory faça o que seu pai prometeu: provar que Angela ainda está viva. Enquanto Rory começa a reconstruir os últimos dias de Angela, outro assassino emerge das sombras, replicando o mesmo modus operandi daqueles assassinatos. A cada descoberta, Rory se enreda mais no enigma de Angela Mitchell, e na mente atormentada do Ladrão.Traçar conexões entre passado e presente é a única maneira de colocar um ponto final naquele pesadelo, mas até Rory pode não estar preparada para a verdade...


Uma mulher na escuridão é mais um livro do Charlie Donlea, lançado pela Faro Editorial. E ele tem um total de zero defeitos, não que eu duvidasse disso, afinal, os livros do autor são sempre marcantes e de tirar o fôlego. Eu solicitei esse lançamento sem nenhum medo no coração e mais uma vez fui surpreendida com um enredo cheio de suspense e reviravoltas. Eu terminei a leitura querendo mais livros do autor!

Angela tem um transtorno obsessivo-compulsivo, e a notícia de que cinco mulheres desapareceram e até agora a polícia não tem pistas a faz ter um surto. Os sintomas da doença estão voltando, e ela precisa esconder do marido. Porém, a cada dia ela se mostra mais obcecada com cada notícia que sai sobre o Ladrão, como foi apelidado o desconhecido que não deixa corpos, e as mulheres que sumiram. Ela é extremamente minuciosa em sua investigação, e acaba descobrindo que isso acontece desde muito tempo antes, e ninguém tinha notado o padrão. Ela finalmente sabe quem é o Ladrão.

Quarenta anos depois conhecemos Rory, uma mulher com suas peculiaridades e que atualmente ajuda a polícia a investigar casos sem solução. Depois de um tempo afastada, ela acaba concordando em investigar o caso de uma garota morta. Porém, na mesma semana seu pai morre, e ela acaba ficando responsável pela empresa de advocacia e dos clientes. Um dos clientes é ninguém menos que o Ladrão, que está prestes a ser solto. Rory não entende o motivo do pai defender o assassino, e assim, ela começa a investigar melhor.


A narrativa é intercalada entre Angela e Rory, e apesar dos quarenta anos de diferença, percebemos que ambas são autistas e não gostam de muito contato físico ou visual. Porém, as duas possuem mentes brilhantes e conseguem enxergar coisas que ninguém mais percebe.

O autor consegue levar bem o ritmo das reviravoltas, e mesmo eu conseguindo desvendar algo perto de acontecer, nem por isso deixou de ser surpreendente. Iniciamos a leitura imaginando como tudo vai se conectar e fazer sentido, e quando menos esperamos somos jogados em um caso de tirar o fôlego. Angela e Rory são mulheres incríveis, fortes e determinadas. 

A edição está muito bonita e caprichada, recomendo a leitura!

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